O caso foi denunciado ao Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Rondônia
Profissionais de saúde que atuam em hospitais da rede pública estadual, em Porto Velho, denunciam ter sido excluídos do cronograma de vacinação contra covid-19 estabelecido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O Portal da Cidade teve acesso a relação e pode constar que nem todos os servidores serão comtemplados nesta primeira fase da campanha com aplicação da Coronavac. Quem ficou de fora está revoltado e questiona os critérios adotados pela pasta para eleger quem será imunizado inicialmente. O caso foi denunciado ao Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Rondônia (Sinderon) que nesta quarta-feira (20) encaminhou um ofício à Sesau solicitando a reparação do problema.
Na relação, intitulada “Cronograma de vacinação covid19”, (confira ao final do parágrafo), consta o nome das unidades de saúde, a data que a imunização será realizada e as equipes dos respectivos setores que serão priorizadas. Conforme o documento, no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HB), por exemplo, serão vacinados os servidores que trabalham na recepção e na Ala Covid, como é chamada a unidade de terapia intensiva – UTI.
Alguns profissionais relataram à reportagem a frustração de não terem sido lembrados para a atual fase da campanha, embora tenham exposição constante ao vírus. "Estamos perplexos. Isso é realmente inaceitável. Estamos em total risco de infecção, entrando e saindo de alas da covid-19 e fomos deixados de lado”, reprovou um servidor do quadro da Secretaria de Saúde.
A denúncia feita ao Sinderon, como consta no ofício encaminhado pela entidade à Secretaria de Saúde, partiu de servidores do Pronto Socorro João Paulo II. Eles questionaram os critérios de seleção dos profissionais do hospital que irão receber as primeiras doses da vacina contra a covid-19. Pelo cronograma, serão imunizados apenas os profissionais dos setores: SAMD, AME, Sala Vermelha, Centro Cirúrgico e UTI. Ficarão de fora, os profissionais atuantes nos PS, I e II e ALAS.
No texto, o presidente do Sinderon, Charles Alves de Oliveira, ressalta que o hospital João Paulo II é porta de entrada para todos os tipos de patologias, inclusive, covid-19, e que existem ainda, duas enfermarias bloqueadas para atender os pacientes com covid-19 com grande índice de rotatividade.
“Diante do exposto vimos através deste solicitar em caráter de extrema urgência a garantia a vacinação para todos os profissionais de enfermagem do João Paulo II e de outras unidades que prestam assistência diretamente aos pacientes (HOSPITAL DE BASE, CEMETRON, COSME E DAMIÃO e unidades estaduais do interior do estado). Sem a exclusão de nenhum profissional dessas unidades”, solicita o presidente no ofício.
FONTE: PORTAL DA CIDADE
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