Líderes alinhados a Bolsonaro dizem que houve um erro estratégico do governo para articular a indicação dos senadores que vão compor a comissão
A instalação oficial da CPI da Covid-19 será na terça-feira (27), de forma presencial. Na primeira reunião, os senadores devem convocar ministros e ex-ministros do governo para as primeiras oitivas.
A presidência da comissão será disputada entre Omar Aziz (PSD) e Eduardo Girão (Podemos), que embora afirme ser independente, tem se mostrado mais próximo às causas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Os dois têm em mãos diferentes planos de trabalho para dar início ao funcionamento do processo. O de Girão visa investigar os recursos públicos repassados aos estados e municípios. Ele propôs convovar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, para depor na CPI, apesar de ser algo incomum e visto como interferência de Poderes.
Já existe um diagnóstico dentro do Palácio do Planalto de que houve um erro estratégico de atuação de Bolsonaro na interlocução com o Congresso Nacional na hora de compor quem faria parte dessa CPI.
Dos onze políticos integrantes da comissão, a maior parte está mais próxima às causas da oposição ou se declara independente. O governo federal tem recebido diversas reclamações de lideranças que dizem não estar contando com a ajuda do Planalto nesse diálogo com a sua base de aliados. Segundo a análise desses líderes, dois partidos, MDB e PSD, que fazem parte do governo, indicaram para a CPI da Covid-19 senadores opositores, que não estão no espectro governista e que podem causar problemas ao governo.
Alguns políticos alinhados a Bolsonaro veem que o Palácio do Planalto não deu muita credibilidade à CPI e, por isso, houve esse erro estratégico, já de início, na hora de interferir na composição da comissão.
FONTE: CNN BRASIL
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