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MUNDIAL: Tropas de Mianmar matam 13 manifestantes contrários ao golpe


Foram registradas explosões durante os protestos que já causaram a morte de cerca de 850 pessoas desde o dia 1° de fevereiro

Tropas de Mianmar dispararam contra manifestantes contrários ao golpe nesta quarta-feira (7), matando ao menos 13 e ferindo vários, noticiou a mídia, e uma série de pequenas explosões abalou a capital comercial Yangon e uma fábrica de propriedade chinesa foi incendiada.


O comandante militar do país disse que o movimento de desobediência civil está "destruindo" Mianmar.


De acordo com um grupo ativista, mais de 850 pessoas já foram mortas nos tumultos ocorridos desde um golpe em 1º de fevereiro que encerrou um período breve de democracia liderada por civis. Protestos e greves de âmbito nacional persistem desde então, apesar do uso de força letal dos militares para sufocar a oposição.


Forças de segurança abriram fogo contra manifestantes nesta quarta-feira em Kale, cidade do noroeste do país, enquanto estes exigiam a restauração do governo civil de Aung San Suu Kyi, divulgou a mídia doméstica.

Um morador da área e o veículo de notícias Myanmar Now disseram que 11 pessoas foram mortas e várias ficaram feridas. Dois manifestantes foram mortos na cidade de Bago, próxima de Yangon, relatou o Myanmar Now.


Ao menos sete pequenas explosões foram ouvidas em Yangon, inclusive em edifícios do governo, um hospital militar e um shopping center, disseram moradores. Não houve baixas e ninguém assumiu sua autoria.


A embaixada dos Estados Unidos em Yangon disse ter recebido relatos de "'bombas sonoras' caseiras, ou fogos de artifício usados para criar ruído e causar danos mínimos".



Um incêndio irrompeu na Fábrica de Trajes JOC, de propriedade chinesa, em Yangon nesta quarta-feira, informou o Corpo de Bombeiros. Não houve relatos de baixas, nem detalhes sobre a dimensão dos danos.


Em outro bairro de Yangon, ativistas queimaram a bandeira da China, segundo imagens publicadas no Facebook.


Existe a percepção de que a China apoia a junta militar, e no mês passado incêndios foram ateados em 32 fábricas de Yangon que têm investimento chinês.


Era difícil obter detalhes sobre as explosões e o incêndio por causa das restrições da junta à internet de banda larga sem fio e aos serviços de dados móveis. Não se conseguiu contato com um porta-voz da junta para obter comentários.

Seu líder, o general Min Aung Hlaing, disse em um comunicado nesta quarta-feira que o movimento de desobediência civil tem atrapalhado o funcionamento de hospitais, escolas e fábricas.


FONTE: REUTERS

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