Exército alegou que eleições de novembro foram fraudadas. EUA prometeu retaliações caso o golpe militar não seja revertido
Os militares do Mianmar realizaram um golpe militar na noite de domingo (31), decretaram estado de emergência e prenderam a líder do país, Aung San Suu Kyi, e membros do alto escalão do governo.
Segundo a CNN, o país está sem internet e com falha nas redes de comunicação, com bancos fechados e soldados patrulhando as ruas da maior cidade do país, Yangon. Na televisão, apenas o canal controlado pelos militares tem sinal e todos os outros canais foram bloqueados.
Os políticos, que foram eleitos democraticamente em eleições nacionais, foram presos horas antes da primeira sessão parlamentar. Os militares confirmaram pela televisão que prenderam Suu Kyi e alegaram que as eleições tiveram fraudes.
No pleito realizado em novembro, o partido da líder teve 83% dos votos, conseguindo se manter no poder por mais 5 anos. O partido apoiado pelos militares teve 33% dos votos, bem menos do que esperavam, aponta a CNN.
O golpe foi criticado pela comunidade internacional e o governo dos EUA, recém-empossado por Joe Biden, prometeu retaliações se os militares não “reverterem essas ações imediatamente”, diz o comunicado emitido pelo secretário de Estado, Antony Blinken.
O chefe do exército, Min Aung Hlaing, que está controlando o poder, foi sancionado pelos EUA em 2019 foi graves violações de direitos humanos por conta do genocídio contra a comunidade rohingya, a minoria muçulmana, que vive no país.
FONTE: R7.COM
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