Aung San Suu Kyi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 1991, foi deposta e presa pelo exército após golpe em 1° de fevereiro
A chefe de governo eleita de Minmar, Aung San Suu Kyi, deposta pelo Exército em golpe de Estado no dia 1º de fevereiro, permanecerá detida pelo menos até a quarta-feira (17), quando poderá comparecer a um juiz, informou um dos advogados da ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 1991.
Suu Kyi, que está sob prisão domiciliar desde que os militares tomaram o poder, foi acusada no dia 3 de fevereiro por importação ilegal de um dispositivo telefônico e, segundo o relatório policial, deve permanecer detida durante duas semanas para que preste depoimento.
O juiz comunicou nesta segunda-feira, a uma equipe de advogados que foi ao tribunal de Naypyidaw representando Suu Kyi, que a audiência poderá ser realzada na quarta-feira, motivo pelo qual a política continuará detida, confirmou Khin Maung Zaw à Agência Efe.
O advogado, que ainda não pôde se reunir com a cliente, disse que a expectativa é que a audiência ocorra por videoconferência, mas o juiz comentou que tudo dependerá da decisão da polícia.
A líder de Mianmar, de 75 anos, corre o risco de ser condenada a até três anos de prisão pelo crime do qual é acusada.
O também deposto presidente Win Myint está detido desde o golpe, junto a outros integrantes do governo eleito, e foi acusado de violar as medidas de distanciamento social - impostas durante a pandemia de covid-19 - ao organizar um ato eleitoral com a presença de mais de 30 pessoas.
A junta militar liderada pelo chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing, argumenta que tomou o poder devido a uma suposta fraude nas eleições, vencidas pela Liga Nacional para a Democracia, partido liderado por Suu Kyi.
FONTE: EFE
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