Aulas voltam na semana que vem, mas confinamento e paralisação de atividades não-essenciais continuam até o início de março
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou nesta terça-feira (2) que será permitido o retorno às aulas do ensino primário, já na próxima semana, mas que será mantido até 2 de março, pelo menos, o confinamento da população para tentar conter a disseminação do novo coronavírus, com a paralisação de toda a atividade que não seja considerada essencial.
As instituições educacionais voltadas para adolescentes e adultos permanecerão fechadas e o toque de recolher em vigor atualmente, além disso, continuará valendo até o próximo dia 10.
Em entrevista coletiva concedida hoje, Rutte admitiu que a Holanda segue em momento de incerteza, devido a pandemia da covid-19.
"Todos ansiamos por mais certezas, um plano claro, mas nesse momento só se pode esboçar em que direção está indo a situação, o que já está descrito num roteiro", explicou o chefe de governo.
O premiê ainda lançou um alerta sobre os indicadores atuais de casos no território holandês. "Apontam que, inevitavelmente, uma terceira onda nos atingirá", garantiu o chefe de governo.
Rutte informou que dois terços dos casos confirmados nos últimos dias são da cepa britânica do novo coronavírus, que é mais contagiosa que a variante conhecida até o momento.
Volta às aulas
Escolas e universidades estão fechadas na Holanda desde 14 de dezembro, quando o governo decidiu a adoção generalizada do ensino remoto, devido ao rápido aumento no número de positivos e pela ameaça da mutação britânica do patógeno.
A decisão de permitir a presença de crianças da educação fundamental nas escolas é pelo menor risco que elas têm de transmitir o novo coronavírus.
"Os adultos, geralmente, contraem o vírus de outros adultos, não das crianças", explicou.
Rutte afirmou hoje que, se uma criança der positivo em teste para o novo coronavírus, deverá ser colocada em quarentena e testada cinco dias depois do primeiro exame. Além disso, o primeiro-ministro prometeu avaliações mais constantes das crianças e contatos.
Os alunos do ensino médio e os universitários permanecerão tendo aulas virtuais, pelo menos, até o início de março. Depois disso, o retorno ao presencial só acontecerá se for possível garantir distância de um metro e meio entre cada um deles.
FONTE: EFE
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