Empresas que assinaram contratos de pré-venda de vacinas com a UE precisam de autorização para mandar doses para fora do bloco
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçou nesta quarta-feira (17) promover o endurecimento das condições para exportação de vacinas anticovid, se não houver reciprocidade por parte dos países produtores.
"Temos que garantir que haja reciprocidade e proporcionalidade. Se a situação não mudar, teremos de refletir sobre como fazer para que as exportações para países produtores de vacinas dependa de seu nível de abertura. (...) Todas as opções estão sobre a mesa", afirmou Von der Leyen, em Bruxelas.
"Todas as opções estão sobre a mesa", disse a responsável, que lembrou que a UE atravessa "a crise do século. Não quero descartar nada por enquanto".
"As rotas abertas vão nos dois sentidos", ressaltou Von der Leyen.
A UE "exporta para muitos países produtores de vacinas. Este é então um convite para que [os países produtores] se abram. Para que possamos ver exportações de retorno", insistiu.
Por isso, apontou Von der Leyen, a UE quer verificar "se as exportações para países que têm taxas de vacinação mais altas do que as nossas ainda são proporcionais".
"Estamos prontos para usar todas as ferramentas de que precisamos para conseguir isso e garantir que a Europa tenha seu quinhão", acrescentou.
A União Europeia adotou um mecanismo de controle de exportação de vacinas em janeiro e, na semana passada, estendeu o prazo de aplicação dessas regras para o final de junho.
Por meio do mecanismo, as empresas que assinaram contratos de pré-venda de vacinas com a UE devem obter autorização para exportar doses para fora do bloco.
FONTE: AFP
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