Edição de 2020 foi adiada devido à pandemia. Planejamento para a edição de 2021 não deve ter alterações.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está sendo planejado para ocorrer em novembro ou dezembro deste ano, de acordo com o presidente do instituto responsável pela prova, Alexandre Lopes.
A afirmação foi dada durante uma entrevista à imprensa neste domingo (7). A edição de 2020, prevista para novembro daquele ano, foi adiada por causa da pandemia e as provas ainda estão sendo aplicadas neste início de 2021. Com o aumento de casos e mortes por coronavírus, houve pressão para que o Enem 2020 tivesse um novo adiamento, o que não aconteceu.
Para o presidente do instituto responsável pela prova, o cronograma da edição de 2021 não deve ser alterado. O planejamento mantém como data provável o mês de novembro, em que o Enem ocorria antes da pandemia, mas traz a possibilidade de ocorrer em dezembro.
"As provas serão por volta de novembro, dezembro", afirmou Lopes quando apresentava os resultados do Enem digital, que está sendo aplicado pela primeira vez na história (leia mais abaixo).
A proposta de Lopes é expandir a versão digital na edição de 2021. "Já em 2021 vamos ampliar a oferta, para mais pessoas fazerem o Enem digital", afirmou. O objetivo é tornar o Enem totalmente digital até 2026. Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que há desafios para tornar o Enem digital uma realidade. Entre eles, levar internet a todas as escolas e tornar a avaliação digital algo corriqueiro a todos os estudantes já que o desempenho no Enem é usado em processos seletivos para conseguir uma vaga em universidades.
Enem digital A primeira edição do Enem digital teve uma abstenção total de 71,3%. O número foi divulgado neste domingo (7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame.
Eram esperados 93.079 candidatos, mas compareceram 26.7609 (28,7%) e faltaram 66.370 (71,3%). O número exclui os inscritos no Amazonas (que teve as provas suspensas na pandemia) e candidatos de um local de prova de Macapá, que teve problemas estruturais e a prova foi cancelada.
O Enem digital foi aplicado neste domingo e no anterior (31).
Tocantins, São Paulo e Mato Grosso do Sul são os estados com as maiores taxas de abstenção do país: 77,2%, 76% e 75,2%.
Para Alexandre Lopes, presidente do Inep, a taxa alta de abstenção era esperada, já que no primeiro domingo de Enem digital 68% não compareceram. Apesar disso, ele se considerou "satisfeito" com a aplicação.
"Como era projeto-piloto, a primeira aplicação, entendemos que estamos muito satisfeitos com resultado, porque nós conseguimos entregar aquilo que nós nos propusemos. A participação do estudante é uma opção de cada participante, da nossa parte é garantir que as pessoas consigam fazer a prova e se tiver algum problema, garantir a reaplicação", afirmou Lopes. "Em ano de pandemia, com todas as dificuldades de conseguir locais de prova, de conseguir pessoas para aplicarem a prova, o Inep conseguiu manter sua proposta de fazer Enem digital já na edição de 2020 e conseguimos fazer essa aplicação. Estamos muito satisfeitos com o resultado, muito satisfeitos por poder oferecer aos jovens do Brasil essa nova opção, que é o Enem digital, e que a partir de 2026 será obrigatório", afirmou.
Neste domingo, houve um registro de falta de energia em Queimado, no Rio de Janeiro, onde faltou luz. Estes candidatos farão a reaplicação em 23 e 24 de fevereiro. Lopes também citou casos em que os candidatos tiveram que esperar o início da prova. O tempo perdido foi adicionado ao final do exame.
No primeiro dia de provas, no domingo passado, o Enem digital registrou falhas em alguns locais do país:
Candidatos de Belo Horizonte tiveram que esperar até 2 horas para o início da prova;
No Distrito Federal, estudantes foram dispensados após erro no sistema;
No Tocantins, problemas técnicos foram registrados em pelo menos três locais de provas;
No Amapá, o único local do exame no estado apresentou problemas estruturais e foi interditado.
FONTE: G1.COM
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