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INTERNEWS: Filha do emir de Dubai denuncia que é refém e teme por sua vida


Segundo Latifa Al Maktoum, cinco policiais vigiam a mansão do lado de fora, enquanto outros dois ficam no interior

A princesa Latifa Al Maktoum, uma das filhas do emir de Dubai, denunciou em uma série de vídeos divulgados na terça-feira (16) pela emissora britânica BBC que está retida como "refém" após ter tentado fugir do país em 2018 e que teme pela própria vida.


"Estou gravando este vídeo de um banheiro porque é o único local com uma porta que posso trancar. Sou uma refém e esta vila se tornou uma prisão. Todas as janelas estão trancadas com barras, não posso abrir nenhuma", relata Al Maktoum, de 35 anos, em um dos vídeos.


"Todos os dias me preocupo com a minha segurança e a minha vida. Não sei se vou sobreviver a esta situação", diz a princesa, que afirma que cinco policiais vigiam a mansão do lado de fora, enquanto outros dois ficam no interior.


A filha de Mohammed bin Rashid Al Maktoum, emir de Dubai, assim como vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes, registrou estas mensagens "durante vários meses" em segredo, mas as comunicações "pararam", adverte a BBC, que informou que alguns de seus amigos "estão exigindo que a ONU entre em ação".


Tentativa de fuga

Latifa tentou fugir de Dubai pela primeira vez quando tinha 16 anos, mas começou a planejar a tentativa de fuga mais séria em 2011, após entrar em contato com o empresário francês Herve Jaubert, segundo a emissora.


Em 24 de fevereiro de 2018, a princesa embarcou em um bote com Tiina Jauhiainen, que tinha sido sua instrutora de artes marciais, e navegaram para águas internacionais, onde um iate com bandeira dos EUA as aguardava.


Oito dias depos, em frente ao litoral da Índia, o barco foi atacado por "comandos" que usaram granadas de fumaça, apontaram armas às duas mulheres e devolveram Latifa a Dubai. Desde então, não havia notícias sobre Latifa.


Emir nos tribunais

Em 2019, as tensões entre a família do emir chegaram aos tribunais britânicos, quando a princesa Haya bint al Hussein da Jordânia, a sexta esposa do governante bilionário, viajou para o Reino Unido e buscou proteção para si e para dois dos seus filhos.


Nesse julgamento, a Suprema Corte da Inglaterra considerou provado, entre outros fatos, que o xeque "ordenou e orquestrou o regresso forçado da sua filha Latifa à casa da família em Dubai" em duas ocasiões, em junho de 2002 e fevereiro de 2018.


"Em 2002, o retorno ocorreu da fronteira de Dubai com Omã, enquanto em 2018 foi feito com um comando armado no mar ao longo da costa da Índia", descreve a sentença.


O tribunal destaca também que em agosto de 2000 o emir organizou o "rapto" de sua filha Shamsa para levá-la do Reino Unido para Dubai. De acordo com a imprensa britânica, o emir, de 71 anos, foi casado com seis mulheres e teve pelo menos 30 filhos.


FONTE: EFE

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