O time de Diniz deu todo espaço para o Bragantino. Escalou mal. E pagou por isso. O Bragantino fez o que quis com o líder do Brasileiro. 4 a 2 foi pouco
Mas com um responsável.
Fernando Diniz.
O treinador errou feio na escalação.
Substituiu muito mal Luan, Juanfran, Arboleda e Luciano.
Preparou pessimamente a estratégia.
E, apesar de psicólogo, seus jogadores entraram dispersos, acomodados, alienados.
Como se a partida contra o Bragantino não fosse fundamental.
Era obrigatória a vitória para o São Paulo, líder do Brasileiro, manter sete pontos de vantagem para o segundo colocado.
Mas o time que parecia brigar pelo título, tamanha sua disposição física, vontade, gana de vitória, marcação sob pressão o tempo todo era a equipe mantida pela Red Bull.
Mérito total de Maurício Barbieri, que soube explorar as deficiências do time de Diniz.
Foram nada menos do que 20 finalizações ao gol do Bragantino, contra apenas quatro do São Paulo.
Daí a goleada inclemente do time interiorano.
4 a 2.
Com 17 minutos de jogo, o São Paulo com Tchê Tchê tendo uma atuação pavorosa, sem conseguir marcar e nem proteger a entrada da área, Daniel Alves e Diego perdendo a bola na saída de bola, oferecendo gols para o Bragantino, o drama só não foi maior porque Tiago Volpi fez quatro defesas sensacionais.
Tchê Tchê além de ter sido o pior jogador em campo, expulso por agredir Cuello, ainda teve um diálogo surreal captado pelos microfones na transmissão do jogo.
Ao tentar reclamar de uma bronca de Fernando Diniz, o volante tentou responder.
Ouviu vários palavrões.
"Não posso falar com você?", perguntou o jogador.
"Não pode mesmo. Tem de jogar, cara... Seu ingrato do cara... Seu perninha do cara... Mascaradinho. Vá se fo...", desabafou o treinador do São Paulo.
A mais vergonhosa derrota do São Paulo no Brasileiro começou aos três minutos.
Com Daniel Alves perdendo a bola na entrada da área, Claudinho bate forte, a bola desvia em Igor Vinicius e estufa as redes de Tiago Volpi.
1 a 0, Bragantino.
Aos 13 minutos, o São Paulo adiantado perdeu a bola. Claudinho tocou para Raul. O volante do Bragantino correu com a bola dominada por 48 metros, antes de desviar de Volpi. 2 a 0.
O time de Diniz parecia que iria reagir, Daniel Alves cruzou da linha de fundo, a bola desviou na zaga e sobrou para Tchê Tchê marcar. 2 a 1, aos 15 minutos.
Mas outra vez a zaga do São Paulo falharia.
Em uma simplória cobrança de falta para a área, o zagueiro Fabrício Bruno cabeceou para as redes. 3 a 1, aos 17 minutos.
Com esse gol, os jogadores de Diniz desistiram da partida.
Mostravam apatia assustadora.
Aos 44 minutos, outra falha de um jogador do São Paulo, perdendo bola dominada. Desta vez foi Diego Costa. Arthur foi lançado na área e tocou para as redes, na saída desesperada de Tiago Volpi.
4 a 1.
No segundo tempo, o Bragantino seguiu marcando forte o São Paulo.
Mas com menos apetite no ataque.
Barbieri sabia que a vitória estava garantida.
Tchê Tchê, descontrolado, agrediu Cuello.
E acabou expulso aos 14 minutos do segundo tempo.
Com um jogador a mais, o Bragantino tratou de diminuir o ritmo.
Se poupar, goleando o líder do Brasileiro, inacreditável.
A vitória estava garantida.
Aos 53 minutos, em uma confusa cobrança de escanteio, Gonzalo Carneiro descontou.
4 a 2.
O São Paulo contou com a incompetência do Flamengo.
A diferença se manteve em sete pontos.
Mas a maneira com que o time de Diniz perdeu foi assustadora.
É o típico jogo que pode ter consequências...
FONTE: R7.COM
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