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DESTAQUE: Bolsonaro entrega ao Congresso MP da privatização da Eletrobras


Presidente foi pessoalmente fazer a entrega em ato simbólico. 'Nossa agenda de privatização continua a todo vapor', disse

Acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente nesta terça-feira (23) a medida provisória que trata da privatização da Eletrobras. Bolsonaro foi a pé do Palácio do Planalto ao Congresso, onde entregou o texto aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).


"A nossa agenda de privatização continua a todo vapor. Nós queremos, sim, enxugar o estado, diminuir o tamanho do mesmo, para que nossa economia possa dar resposta”, disse Bolsonaro. Já Lira disse que este foi o primeiro passo da "Agenda Brasil", baseada principalmente em privatizações, capitalizações e investimentos. “A Câmara iniciará com muita rapidez a discussão, já com pauta para a próxima semana”, afirmou.


A Eletrobras confirmou que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a edição da MP. Segundo a companhia, o texto tem algumas mudanças em relação ao Projeto de Lei que estava em trâmite no Congresso. Entre elas, está a criação de ação preferencial de classe especial, conhecida como golden share, a ser detida pela União. Ou seja, o governo deve manter poder de veto sobre as decisões da estatal.


Os cálculos feitos pelo MME chegaram a um valor de outorga a ser pago na privatização de R$ 61,25 bilhões.

Concessão de hidrelétrica

Também está prevista a prorrogação por 30 anos da concessão da hidrelétrica de Tucuruí, operada pela Eletronorte, que atualmente está no regime de produtor independente.


A MP prevê ainda aporte de R$ 230 milhões em 10 anos para revitalização de bacias hidrográficas de influência de Furnas, no caso dos contratos afetados pela MP. Há também a previsão de R$ 3,5 bilhões em 10 anos para a bacia do Rio São Francisco, que já estava previsto no PL.


Outra mudança da medida provisória é a nova divisão de receita entre a União e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por meio de pagamento de quotas anuais em 30 anos.


(Com informações da Reuters e do Estadão Conteúdo)


FONTE: R7.COM

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