Presidente suspendeu retirada de tropas da Alemanha e disse que irá buscar solução para encerrar o conflito civil no Iêmen
Em um discurso aos funcionários do Departamento de Estado nesta quinta-feira (4), o presidente dos EUA, Joe Biden, fez diversas declarações que dão o tom para as políticas externas de seu início de governo.
Ele anunciou que irá suspender a retirada das tropas norte-americanass que estão na Alemanha e o fim do apoio de seu país à ofensiva liderada pela Arábia Saudita no conflito armado no Iêmen, entre outras medidas que visam mudar as políticas estabelecidas por seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump.
O objetivo era mostrar a retomada das políticas externas tradicionais dos EUA, como a colaboração com os aliados mais antigos e a volta a tratados e organismos internacionais importantes, como o Acordo Climático de Paris e a Organização Mundial da Saúde (OMS), das quais Trump havia se retirado.
"Como disse no meu discurso na posse, vamos reconstruir nossas alianças e nos envolveremos novamente como o mundo, não para responder aos desafios de ontem, mas aos de hoje e de amanhã", afirmou ele.
De início, ele anunciou que irá suspender a retirada das tropas dos EUA que ficam na Alemanha. "Para começar, o secretário de Defesa Lloyd Austin irá liderar uma revisão global das posições de nossas forças, para que nossa presença militar seja alinhada adequadamente com nossas propostas de política internacional e segurança nacional. Enquanto isso, qualquer plano de retirada está suspenso", disse o presidente.
Trump havia anunciado em junho que iria reduzir as tropas, que são utilizadas em ações da Otan, por consderar que a Alemanha se "aproveitava" dos EUA em questões comerciais. Ele ordenou a retirada de quase 12 mil militares do país.
Tragédia no Iêmen
No Oriente Médio, Biden afirmou que irá aumentar os esforços diplomáticos para acabar com o conflito civil no Iêmen, "uma guerra que criou uma catástrofe humanitária estratégica".
Ele disse que pediu à sua equipe que consiga o apoio da ONU para liderar uma iniciativa para impôr um cessar fogo no país e anunciou que irá designar um enviado especial para o Iêmen. o diplomata Timothy Lenderking.
"Para ressaltar esse compromisso, vamos acabar com todo o respaldo norte-americano às operações ofensivas na guerra do Iêmen, incluindo a venda de armas", declarou.
Para aplacar um possível incômodo da Arábia Saudita, aliada de Washington na região e que lidera a ofensiva do governo iemenita contra os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, desde 2015, Biden disse que os EUA seguirão ajudando o país a "defender sua soberania e integridade territorial".
FONTE: R7.COM
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