A decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski foi comentada pelo presidente, vice e relator da CPI
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que recebeu com "serenidade e tranquilidade" a notícia de que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus preventivo pedido pela Advocacia-Geral da União (AGU) para que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, não responda às perguntas dos senadores na CPI.
"Decisões judiciais, mesmo quando contraditam nossa vontade, devem ser respeitadas. É assim que deve funcionar uma democracia", disse o senador, em vídeo publicado no Twitter.
Embora tenha criticado que Pazuello "se esconde atrás de um habeas corpus", Randolfe ressaltou que respeita os direitos do general. No entanto, o senador reforçou que não será apenas o depoimento do ex-ministro da Saúde o único meio da CPI buscar "a verdade".
"É a mínima satisfação que podemos dar às mais de 420 mil famílias brasileiras que estão despedaçadas pelo coronavírus", afirmou.
À CNN, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a decisão do STF não atrapalha no propósito de investigar e ressaltou que, "em momento nenhum", a comissão quis que Pazuello se "autoincriminasse".
"Não vai nos prejudicar essa decisão. Eu sei que ele vai ficar calado para não se incriminar, o que se espera é que ele responda sobre a ação de outras pessoas, sobre ele ao longo das investigações teremos outros depoimentos. A decisão põe limite de segurança, mas não há de nos atrapalhar”, disse o alagoano.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), comentou que o STF que ordenou a abertura da CPI é o mesmo que "tira a oportunidade de um ex-ministro da Saúde esclarecer os fatos".
FONTE: CNN BRASIL
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