Agentes cumprem 14 mandados de prisão preventiva em 5 Estados; quadrilha caçava e vendia espécies ilegalmente, algumas ameaçadas de extinção
A Polícia Federal iniciou na manhã desta sexta-feira (4) uma operação contra o tráfico de animais silvestres. São 14 mandados de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão e 5 para a apreensão de veículos automotores em cidades de cinco Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Pernambuco.
As investigações que deram origem à Operação Urutau, que teve sua primeira fase em maio de 2019, mostraram núcleos criminosos em vários pontos do país responsáveis pela promoção do comércio de animais silvestres de forma ilícita.
Os mandados da Operação Urutau 2 são cumpridos nos municípios de São Paulo (SP), Diadema (SP), Jacareí (SP), Mongaguá (SP), Ivinhema (MS), Novo Horizonte do Sul (MS), Aparecida de Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Alagoinha (PE).
A operação é uma ação conjunta do Ministério Público Federal, Sda ecretaria Municipal do Meio Ambiente de São Paulo, Polícia Militar Ambiental do São Paulo, Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul e o Ibama.
A quadrilha praticava o tráfico estimulando a caça e mantendo os animais silvestres em cativeiro.
Entre as espécies comercializadas estavam animais ameaçados de extinção como Arara-canindé, Arara-azul, Arara-vermelha, Ararajuba, Jabuti-piranga, Jacaré, Macaco-prego, Sagui de tufos brancos, Saíra-pintor e Tucano-toco.
O nome da operação é uma alusão aos urutaus: aves exclusivamente noturnas e que utilizam bem a sua plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente, de modo a dificultar a sua localização pelos predadores.