PF prendeu no sábado jovem de 19 anos que morava em Portugal; ele já estava em prisão domiciliar por causa de outros crimes cometidos no país
A operação realizada sábado (28) contra os responsáveis pela invasão ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mirou também três brasileiros, moradores de Minas Gerais e São Paulo. A investigação desse crime levou à prisão, em Portugal, do hacker apontado como líder do grupo criminoso.
Na operação, foram apreendidos CDs, DVDs, pendrives, HDs, tablets e smartphones. A autorização judicial foi dada pela 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal a pedido Ministério Público do Distrito Federal.
A Justiça determinou que os três brasileiros investigados não mantenham contato entre si.
O grupo hacker reivindicou a autoria dos ataques contra o TSE na véspera do 1° turno das eleições municipais. Além de causarem instabilidade nos sistemas de informática, os envolvidos acessaram e divulgaram ilegalmente dados pessoais e sigilosos.
As investigações realizadas pela Polícia Federal levaram aos três brasileiros, e a um cidadão português de 19 anos que já cumpria prisão domiciliar em seu país pela prática de crimes cibernéticos.
No inquérito, a Polícia Federal identificou a prática de, pelo menos, cinco crimes: promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais, desenvolver ou introduzir programa de computador capaz de provocar resultado diverso do esperado em sistema usado pelo serviço eleitoral, destruir, suprimir ou ocultar documentos relativos à eleição, obtenção de informações sigilosas e associação criminosa.
Segundo o promotor de Justiça Eleitoral Clayton Germano, “não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação”.