Os fãs se despedem de Diego Armando Maradona nesta quinta-feira (26), na Argentina. O velório do ídolo do futebol acontece na Casa Rosada, sede do governo argentino, no centro de Buenos Aires.
Uma confusão foi registrada na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, na formação da fila para a despedida ao ídolo. Uma multidão se desentendeu com a polícia e derrubou grades. Os policiais precisaram restabelecer a ordem.
Muitos estavam sem máscaras para proteção contra o novo coronavírus e a polícia não conseguiu evitar aglomerações em alguns pontos da Praça de Maio.
Autoridades locais estimam que cerca de 1 milhão de fãs do jogador devem ir até o local. O velório ocorre em meio a uma quarentena oficial decretada pelo governo argentino, que garante o uso de transporte público apenas para trabalhadores essenciais.
Maior jogador argentino da história, Maradona venceu a Copa de 1986, com a seleção argentina, quando protagonizou lances históricos como o gol da "mão de Deus", contra a Inglaterra.
A luta contra a dependência química, durante maior parte da vida, também marcou a história de Maradona.
Nos clubes, o ídolo fez história no Boca Juniors e no Napoli – onde foi campeão italiano e da Uefa.
No Brasil, a rivalidade com Pelé, que renderia intermináveis discussões sobre quem seria o melhor jogador, tornou-se tema de muitas conversas sobre futebol.
Maradona, no entanto, sempre dizia que sua primeira inspiração no esporte era justamente um outro brasileiro: Roberto Rivellino, ídolo do Corinthians e do Fluminense.
Desde que parou de jogar, Maradona enfrentou problemas cardíacos, de peso e a luta contra o vício. Chegou a ser internado em Cuba para se desintoxicar, depois de quase ter morrido por overdose.
Atualmente, Diego era treinador do Gimnasia La Plata, da Série A argentina, depois de ter treinado equipes no México e em países árabes, além da seleção argentina na Copa de 2010.