Pelo Twitter, Trump voltou a afirmar que eleição teve irregularidades mas não apresentou provas, mas afirmou que não houve interferência externa
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu na terça-feira (17) o chefe da agência de segurança cibernética americana que na semana passada disse que a eleição presidencial de 3 de novembro foi "a mais segura da história".
"A recente declaração de Chris Krebs sobre a segurança das eleições de 2020 foi muito imprecisa, pois houve fraude e irregularidades maciças", alegou o presidente no Twitter, ainda sem apresentar provas das acusações.
"Portanto", acrescentou Trump, "com efeito imediato, Chris Krebs foi demitido como diretor da Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (Cisa)", uma agência subordinada ao Departamento de Segurança Nacional (DHS).
"A única coisa certa sobre nossas eleições em 2020 foi que elas eram praticamente impenetráveis às potências estrangeiras. Nisso, a Administração Trump tem grande mérito", acrescentou.
A decisão de Trump foi tomada depois de a Cisa, através de seu comitê coordenador para a infraestrutura eleitoral, informar na última quinta-feira que as eleições foram "as mais seguras da história".
"Não há evidência de que qualquer sistema de votação tenha eliminado ou perdido votos, alterado os votos ou sido afetado de alguma forma", afirmou a agência em um comunicado que teve muito impacto por contradizer diretamente as alegações de fraude de Trump.
Krebs foi o primeiro diretor da Cisa, um cargo criado em 2018 por Trump porque até então a agência era dirigida por um subsecretário do DHS.