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AMÉRICA PRESS: Falha no atendimento a pane no TSE leva a demissões em empresa dos EUA



Ao menos 2 perderam emprego, Oracle foi contratada a R$ 26 mi, Atrasou suporte no domingo (15)



Pelo menos 2 funcionários da multinacional norte-americana Oracle perderam seus empregos por causa da falta de suporte técnico imediato ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante a pane enfrentada pela Corte na apuração dos resultados na eleição de domingo (15.nov.2020).


A empresa de processamento de dados foi contratada a R$ 26,24 milhões para fornecer a infraestrutura necessária para a contagem de votos.


O Poder360 apurou que entre os que devem deixar a Oracle está o diretor sênior, Romeu Amin, que tem sólida carreira no mercado, 26 anos de IBM e entrou na Oracle no início de 2020. Outra baixa é Anne Lobofilho, executiva de vendas.


A reportagem procurou a Oracle para comentar os fatos ocorridos desde domingo (15.nov). A empresa respondeu que prefere não se pronunciar.


Não está claro até agora quais as medidas adotadas pelo TSE para evitar os atrasos na divulgação de resultados no último domingo. A reportagem ouviu nesta 3ª feira (17.nov) que houve uma “calibração errada” da máquina que aumentaria a capacidade de processamento conforme a demanda.


O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, disse durante a apuração de domingo que o atraso dos resultados decorreu de uma falha no “supercomputador“ usado na eleição.


O equipamento referido é, na verdade, uma máquina do tamanho de uma geladeira, conectada à internet, que serve para criar uma espécie de “nuvem privada” dentro do TSE (o “Exadata Cloud at Customer Infrastructure“).


Com a lentidão do processador no último domingo, seria recomendável transferir o processo para outra máquina da Oracle em nuvem, segundo ouviu o Poder360. O serviço contratado pelo TSE previa essa possibilidade, já que o contrato fala em “serviço de Cloud“. Em teoria, a nuvem seria criada em máquinas de dentro do TSE.


O TSE disse ao Poder360, na 2ª feira (16.nov), que os resultados eleitorais ficaram apenas no computador alugado da Oracle e dentro do datacenter da Justiça Eleitoral, mesmo durante a pane de domingo.


A transmissão dos dados com os votos foi realizada por meio de uma rede criptografada limitada ao território brasileiro. Esse serviço é prestado pela empresa norte-americana Akamai. “Nós contratamos a Akamai, que tem nuvem no Brasil e no exterior para prestar o serviço de CDN, que é uma rede de distribuição de resultados”, explicou o tribunal. CDN é 1 serviço de fornecimento e entrega de conteúdos.


Em outubro, a revista britânica Economist publicou (para assinantes) quadro sobre a divisão do mercado de computação em nuvem. A Oracle não figura entre as empresas que dominam esse setor. Ainda assim, possui no Brasil contratos com vários níveis de governo.

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