A infectologista Rosana Richtmann, do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, afirma que o Brasil pode enfrentar uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus, assim como a Europa e os Estados Unidos estão passando.
"Ainda temos o vírus circulando, uma população não imune, que ainda pode ser contaminada. Estamos tendo um número absurdo de casos fora do país e, quem chega aqui, não fica em quarentena e nem é testado", explica.
Ainda pode-se somar a esses indicadores o fato de já ser final de ano – época em que as pessoas tendem a ser reunir mais, por causa das tradicionais festas do período. "Além disso, as pessoas estão cansadas do vírus. Por isso falamos que nós cansamos do vírus, mas o vírus não cansa da gente", diz Richtmann.
A especialista destaca que não se pode esquecer das regras básicas para evitar a propagação da Covid-19: manter o distanciamento social, utilizar máscara e higienizar as mãos.
"Vamos ter que conviver com isso por muito tempo ainda, mesmo com uma supervacina. Porque ter uma vacina não basta, é preciso ter uma vacinação em massa", esclarece.