Mandados estão sendo cumpridos em Ji-Paraná, Vale do Paraíso, Porto Velho e Ouro Preto do Oeste
Na manhã desta quinta-feira (05), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Artificium”, cumprindo mandados nas cidades de Ji-Paraná, Vale do Paraíso, Porto Velho e Ouro Preto do Oeste.
O objetivo da operação foi desarticular uma associação criminosa voltada para a prática de crimes de estelionato e invasão de terras em áreas da União. No total foram cumpridos 9 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Ji-Paraná, sendo 7 de busca e apreensão e 2 de prisão.
OS FATOS:
Após receberem informações de que um grupo estaria pretendendo invadir a Reserva Biológica do Jaru, nas proximidades do município de Vale do Paraíso, a Polícia Federal descobriu através de investigação uma associação criminosa que realizava a comercialização ilegal de lotes em áreas da União. Também foi identificado que o grupo tem divulgado informações falsas no município de Vale do Paraíso e região sobre a disponibilidade de uma área denominada TD Bela Vista, localizada no interior da Reserva Biológica do Jaru, que foi desapropriada pela União e está em processo de indenização. Ainda conforme a PF, o grupo realizava reuniões no distrito de Santa Rosa, município de Vale do Paraíso desde o início do ano, para conseguir interessados em adquirir lotes no interior da reserva. Ao estimular a invasão com a comercialização ilegal de lotes na reserva, alegavam que iriam conseguir a respectiva regularização da área, com promessas até de fornecimento de casas prontas, dizendo ainda que contam com apoio de órgãos públicos. Através do auxílio de um advogado o grupo apresentava legalidade em seus atos, realizando cadastros auto declaratórios em órgãos ambientais e sanitários, alegando que os documentos já garantiam a titularidade da terra. De acordo com as investigações os investigados possuem residência fixa, possuem diversos imóveis em seus nomes, não residem em áreas invadidas e/ou assentamentos, bem como não fazem parte de movimentos sociais sem-terra. Os envolvidos devem responder pelos crimes de estelionato, invasão de terras, dano a Unidades de Conservação e associação criminosa. Até o momento, as buscas resultaram em apreensão de documentos relacionados ao caso e a descoberta de armamento e correspondente flagrante pelo crime de posse irregular de arma. O nome da operação está relacionado à astúcia, fraude, artifício utilizada para enganar as pessoas que se interessavam na oferta e acreditavam que os lotes estavam regularizados.