Uma brasileira e outras duas outras pessoas foram assassinadas dentro de uma igreja na cidade de Nice, na França. O autor do atentado, um tunisiano de 21 anos, estava no país há menos de um mês. Ele teve contato com um homem de 47 anos, que foi detido.
A polícia da França prendeu, na quinta-feira (29) à noite, um homem de 47 anos suspeito de ter mantido contato com o autor do ataque em que morreram três pessoas (entre elas, uma brasileira) em uma igreja na cidade de Nice.
O autor do ataque com faca é um tunisiano de 21 anos, que chegou à França em 9 de outubro, procedente da Itália.
O indivíduo detido na quinta-feira é suspeito de ter mantido contato com o agressor na véspera do ataque, afirmou uma fonte judicial ouvida pela agência France Presse. O jornal "Nice-Matin" publicou a mesma informação.
Ataque na basílica
O agressor, armado com uma faca, invadiu a basílica e degolou uma mulher e o sacristão. A terceira vítima, a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos, foi gravemente ferida, mas ainda conseguiu fugir para um restaurante ao lado do templo. Ela não resistiu e faleceu pouco depois.
O criminoso, que segundo uma fonte próxima à investigação foi identificado como Brahim Aouissaoui, gritou diversas vezes "Allahu Akbar" (Deus é grande). Ele foi ferido por pelo menos seis tiros durante a intervenção policial e está hospitalizado.
Decapitação do professor Samuel Paty
O ataque aconteceu menos de duas semanas depois do assassinato por decapitação do professor Samuel Paty em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena localidade a 50 quilômetros de Paris, por ter mostrado aos seus alunos caricaturas do profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.
O governo francês elevou o nível de segurança em todo o país para "urgência de atentado", que corresponde a um estado de alerta máximo, e aumentou de 3.000 para 7.000 os militares que patrulham as ruas, para proteger especialmente os locais de culto às vésperas da festa católica de Todos os Santos, no domingo.
A França sofre com atentados terroristas de alto impacto desde 2015, quando um ataque extremista em 7 de janeiro contra o semanário satírico "Charlie Hebdo" deixou 12 mortos. No dia 13 de novembro do mesmo ano, um comando jihadista executou ataques coordenados em Paris que mataram 130 pessoas.
Nice foi alvo em 14 de julho de 2016 de um ataque que deixou 86 mortos, quando um homem avançou deliberadamente com um caminhão contra uma multidão que celebrava o Dia da Bastilha, a data nacional francesa.