Organização criminosa teria enviado mais de R$ 10 milhões à Venezuela em 45 dias, entre fevereiro e março, além de mais de 50 quilos do metal
A PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Dhahab nesta sexta-feira (9) para desarticular um esquema ilegal de compra de ouro.
Segundo as investigações, uma organização criminosa era responsável por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e contrabando de ouro para o Brasil. As autoridades cumprem quatro mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão e três de sequestro de bens em Roraima.
A organização seria integrada por um libanês que, com os dois irmãos que moravam na Venezuela, coordenaria o esquema. O esquema teria sido responsável pelo envio de mais de R$ 10 milhões à Venezuela em 45 dias, entre fevereiro e março, além de mais de 50 quilos de ouro.
A fundição do ouro ilegal seria realizada pelo próprio grupo em Santa Elena de Uairén, município venezuelano que faz fronteira com o Brasil.
A PF afirma que as transações financeiras seriam feitas por meio de movimentações bancárias de laranjas e empresas de fachada. Também seriam feitos saques em espécie.
"Tanto o ouro quanto os valores em espécie seriam transportados em compartimentos ocultos de veículos. A organização criminosa também compraria ouro da Guiana, país que também faz fronteira com o Brasil pelo estado de Roraima", afirma a PF.