O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de "grande perigo" até a próxima sexta-feira (9). De acordo com o Instituto, há risco de morte por hipertermia em grande parte da região Centro-Oeste e no estado do Tocantins, no Norte do país.
Segundo o Inmet, as temperaturas registrarão 5ºC acima da média na região, por mais de 5 dias consecutivos. O aviso registra alerta para as seguintes áreas: Distrito Federal, Centro Sul Mato-Grossense, Nordeste Mato-Grossense, Norte Mato-Grossense, Sudeste Mato-Grossense, Sudoeste Mato-Grossense, Centro Goiano, Leste Goiano, Sul Goiano, Norte Goiano, Noroeste Goiano, Sudeste Tocantinense, Sul Tocantinense, Oeste Tocantinense.
Mapa mostra os alertas para ondas de calor no Brasil; os locais em vermelho estão em "grande perigo"
Foto: Reprodução - 04.out.2020 / Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos
O alerta foi emitido para que as pessoas tenham cuidados redobrados com a saúde nos próximos dias. Em caso de emergência, o Inmet recomenda que a população contate a Defesa Civil (telefone 199). Algumas recomendações devem ser seguidas no período. Entre elas, evitar a prática de atividades ao ar livre entre 10 horas e 17 horas, usar protetor solar e aumentar a ingestão de líquidos. Crianças e idosos precisam de atenção especial.
Calor no DF
No Distrito Federal há chances de chuva somente a partir do próximo sábado (10). No último domingo (4), foi registrado recorde de temperatura em 2020, de 36,7°C, e segundo o Inmet, há chances de o Distrito Federal atingir novas máximas nesta semana.
São Paulo
A Defesa Civil de São Paulo também emitiu um aviso para as fortes ondas de calor que se aproximam do estado. O Inmet alerta para perigos de incêndios florestais e risco de morte por hipertermia.
As temperaturas na região metropolitana de São Paulo, no litoral norte e algumas cidades do interior, como Sorocaba, Campinas, Itapeva, Franca e Serra da Mantiqueira, poderão variar entre 30° e 39°. Para esta terça (6), a previsão na Grande SP é chegar à máxima de 37°.
Outras cidades do interior, como Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Araçatuba, Marília, Presidente Prudente, Araraquara e Barretos, poderão ultrapassar os 40°.
Entenda as causas
À CNN, o meteorologista Mamedes Luiz Melo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explicou que a onda de calor é resultado de "um conjunto de fatores". "Pode ser queimadas e esse período muito longo sem chuvas, então isso começa a fazer com que a temperatura aumente", disse ele.
Segundo o especialista, isso pode levar a novos recordes de temperatura nesta semana. "Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e até o oeste de São Paulo vão sofrer essa semana com aumento de temperatura incrementado com onda de calor", acrescentou.
Por fim, Mamedes informou que a tão desejada chuva deve ser pontual e apenas em regiões do MS nesta semana. As mais intensas devem ocorrer a partir do dia 10, no Centro-Oeste, aumentando entre dias 11 e 12.
Classificação do Inmet
O Inmet divide sua classificação de avisos meteorológicos em quatro nível (e cores), de acordo com a severidade.
O primeiro nível (verde) é aplicado quando não há previsão de eventos anormais, ou seja, quando a situação meteorológica não inspira cuidado/atenção.
O segundo nível (amarelo) vale para situações de perigo potencial. Nesses casos, o Inmet recomenda que as pessoas se mantenham informadas sobre as condições meteorológicas previstas e não corram risco desnecessário.
O terceiro nível (laranja) diz respeito a situações de perigo. Neste caso, o instituto diz que as pessoas estar atentas para evitar exposição a riscos inevitáveis e devem seguir conselho das autoridades.
O quarto e último nível (vermelho), o atual em grande parte da região Centro-Oeste e no Tocantins, é aplicado para momentos de grande perigo.
“Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional (...) grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana”, diz a classificação. Além de seguir os conselhos das autoridades o Inmet recomenda que as pessoas se preparem para “medidas de emergência”.