Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna descobriram nova forma de alterar com precisão o DNA de animais, plantas e microrganismos
A francesa Emmanuelle Charpentier e norte-americana Jennifer Doudna são as vencedoras do Prêmio Nobel de Química 2020, anunciou a Academia Real Sueca de Ciências, nesta quarta-feira (7). As duas pesquisadoras descobriram, o CRISPR / Cas9, uma tesoura genética, que permite a edição precisa do genoma de animais, plantas e microrganismos.
Segundo comitê do prêmio, a pesquisa teve um impacto revolucionário nas ciências da vida e está contribuindo para novas terapias contra o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias.
“Meu desejo é que isso transmita uma mensagem positiva às jovens garotas que desejam seguir o caminho da ciência e mostre a elas que as mulheres na ciência também podem ter um impacto por meio das pesquisas que estão realizando”, disse Emmanuelle.
“Há um poder enorme nessa ferramenta genética, que afeta a todos nós. Não só revolucionou a ciência básica, mas também resultou em colheitas inovadoras e levará a novos tratamentos médicos inovadores ”, disse Claes Gustafsson, presidente do Comitê Nobel de Química.
Emmanuelle Charpentier, 52 anos, é diretora Instituto Max Planck para a Ciência de Patógenos, em Berlim, na Alemanha.
Jennifer Doudna, 56 anos, a atua como professor da Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA e é pesquisadora do Howard Hughes Medical Institute.
As vencedoras vão receber o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6, 3 milhões.
A cerimônia presencial de entrega do prêmio aos vencedores, que aconteceria em dezembro, em Estocolmo, na Suécia, foi suspensa neste ano por conta da pandemia de covid-19.
Na quinta-feira (8), o comitê organizador do prêmio anuncia o vencedor em Literatura. O Nobel da Paz será anunciado na sexta-feira (9). A premiação termina na segunda-feira (12) com o anúncio do vencedor em Economia.