Apesar da determinação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho para o retorno imediato, associação diz que falta segurança nas agências
Os peritos médicos não têm previsão de retornar ao trabalho presencial nas agências do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Apesar da determinação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia, para o retorno imediato, a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social) afirma que eles não voltarão ao atendimento presencial.
"A suposta determinação de retorno imediato será ignorada pois ordem ilegal não deve ser cumprida e estamos defendendo o direito à vida dos cidadãos, tanto a nossa como a dos segurados", afirma em nota.
Parte das agências do INSS reabriram na segunda-feira (14), após quase seis meses. Além de hora marcada, o atendimento presencial é para alguns seviços, entre eles havia previsão da perícia médica. Mas os médicos peritos se recusaram a retomar as atividades normalmente nos postos do INSS sob a alegação de que há risco de contaminação pelo coronavírus.
O governo argumentou que houve inspeções nas agências, feitas conforme orientação do Ministério da Saúde e realizadas por servidores do próprio INSS.
De acordo com a secretaria, tanto as agências como as salas de perícia médica "cumprem os protocolos sanitários estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a fim de garantir a segurança de servidores e cidadãos com relação à pandemia da covid-19".
Ao todo, 169 unidades do INSS espalhadas pelo país têm o serviço de perícia médica. Porém, conforme a secretaria, apenas 111 dessas agências estão preparadas para fazer as consultas e analisar os benefícios. O agendamento para esse atendimento é feito pelo portal "Meu INSS".