Crime ocorreu em 2014 e, segundo os investigadores, há semelhanças com o homicídio da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes
Em operação realizada pela DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, é suspeito de matar um casal na zona oeste do Rio.
As investigações apontam que o crime ocorreu um 2014, motivado por uma disputa territorial entre grupos da milícia que atuam no bairro da Gardênia Azul. As vítimas, um ex-policial e sua esposa, foram cercadas por criminosos e atingidos por 40 tiros.
Segundo os agentes, o homicídio chama a atenção já que as circunstâncias são parecidas com o assassinato de Marielle. Lessa teria participado do assassinato como executor e mandante.
“Essa operação nos remeteu ao caso Marielle por conta do modos operandi do grupo: a concentração dos tiros, o veículo em movimento e o fato de uma pessoa inocente que nada tinha a ver com o assunto também ser vítima dos criminosos.”, disse o delegado Antônio Ricardo, em entrevista à Record TV Rio.
A operação Déjà-Vu cumpre quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e outros dois em São Paulo em endereços ligados aos responsáveis pela morte da vereadora. Entre eles, está a casa do ex-vereador Cristiano Girão, que teria contratado Lessa para assassinar Marielle e o casal, e a de um policial militar que já foi preso.
De acordo com Antônio Ricardo, na casa do PM preso foram apreendidos ainda celulares, aparelhos eletrônicos e documentos. As buscas também acontecem no presídio de Bangu, onde um investigado está detido.