Diligência foi realizada a pedido do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério
Nesta segunda-feira (17/08), a Aneel apresentou resultado da diligência realizada na sede da Energisa, em Rondônia, para apurar suspeita de irregularidades na prestação de serviços. A diligência foi solicitada pelo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), após denúncias de cobranças abusivas, troca de medidores sem comunicação prévia, além do aumento indevido no consumo e interrupção no fornecimento de luz durante os finais de semana, o que é proibido pela legislação. Por videoconferência, a Aneel explicou que a apuração se deu com base na análise de 50 unidades consumidoras, divididas entre os municípios de Porto Velho, Ji-Paraná, Cacoal e Ariquemes. Entre as irregularidades encontradas, falhas na estimativa de consumo entre carga e demanda. Segundo apontou a agência, a Energisa estava utilizando tabela de referência do estado de Mato Grosso, e não de Rondônia, o que pode ter contribuído para cobranças indevidas ao consumidor.
Também foram identificados valores inconsistentes na medição de equipamentos elétricos, com erros na digitação da potência de ar-condicionado e de lâmpadas com reator. A diligência apontou que houve diferença entre a potência dos equipamentos e o valor cobrado. Procurada pela Aneel para apresentar explicações, a empresa reconheceu o problema e justificou que se tratavam de “erros de digitação”. Outra irregularidade apontada é que a Energisa adotou critérios de “unidades VIP” para receberem prioridade no restabelecimento de energia no caso da interrupção do serviço. “É inacreditável que uma empresa com mais de 100 anos de atuação tenha cometido tantos erros. Vamos seguir com a apuração, a Energisa já foi notificada e deve realizar todos os ajustes necessários. Ainda neste mês de agosto teremos uma nova reunião para acompanhar se a empresa está cumprindo com a determinação”, apontou o senador Marcos Rogério. Participaram da reunião os diretores da Aneel André Pepitone da Nóbrega, Efrain Pereira da Cruz, Sandoval de Araujo Feitosa, além do superintendente da SFE, Giácomo Francisco Bassi Almeida.