O Conselho Curador do FGTS se reúne nesta terça-feira para autorizar a distribuição de R$ 7,5 bilhões do lucro registrado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em 2019 entre os trabalhadores. Serão beneficiados todos os cotistas com saldo na conta vinculada em 31 de dezembro de 2019.
A Caixa Econômica Federal tem até o fim deste mês para efetuar o crédito nas contas do FGTS, de forma proporcional ao saldo. O montante que será repartido entre os cotista representa uma rentabilidade de 4,90% em 2019, com ganho real (acima da inflação) e da poupança.
Tradicionalmente, as contas vinculadas ao FGTS são remuneradas a 3% ao ano, mais TR (Taxa Referencial), atualmente zerada. Essa rentabilidade já supera outros tipos de aplicação, diante da queda na taxa de juros básica da economia (Selic). Com a Selic em 2% ao ano, a opção de 3% em 12 meses já é maior do que a da poupança e a dos títulos do Tesouro, por exemplo.
No ano passado, o rendimento do FGTS chegou a superar 6%, com a distribuição de lucros. Mas, neste ano, será menor porque o resultado caiu de R$ 12,2 bilhões em 2018 para R$ 11,3 bilhões em 2019, segundo integrantes da equipe econômica. O balanço ainda não foi publicado.
O saque de R$ 500 por conta ativa e/ou inativa, autorizado em meados do ano passado para estimular a economia, ajudou a reduzir as disponibilidades do FGTS. Além disso, todo o lucro auferido em 2018 foi distribuído.
Desta vez, será apenas parte dele. Ficou a critério do Conselho Curador decidir o montante exato. Esses recursos só poderão ser retirados nas modalidades tradicionais de saque, como demissões, compra da casa própria e aposentadoria.