Nos bastidores, Peixe já sabe de quanto precisa para trocar o treinador
O futuro do técnico Jesualdo Ferreira deve ser decidido neste sábado. Depois da eliminação no Campeonato Paulista para a Ponte Preta, quinta-feira, a direção do Santos discutiu a situação do treinador português e deve demiti-lo neste fim de semana.
A sexta-feira foi movimentada nos bastidores da Vila Belmiro. O Comitê de Gestão, quase unânime na vontade de demitir Jesualdo Ferreira, teve de "lutar" contra as ideias de William Thomas, superintendente de futebol e entusiasta do trabalho do treinador, por entender que é preciso tempo para ver resultados do projeto iniciado em janeiro.
Durante o dia, que só terminou depois da meia-noite para os dirigentes, o Santos procurou saber quanto precisará pagar a Jesualdo Ferreira em caso de demissão. Entre multa, direitos de imagem atrasados e a parte reduzida dos salários sem acordo, o Peixe deverá desembolsar pouco mais de R$ 5 milhões se decidir trocar o treinador.
Entende-se, internamente, que o desempenho do Santos, principalmente na fase de grupos, foi aquém do esperado no Campeonato Paulista. Eliminado nas quartas de final, o Peixe terminou a primeira fase com apenas 44,4% de aproveitamento: quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Mesmo assim, ficou na liderança do Grupo A, com 16 pontos.
Por outro lado, quem defende a permanência de Jesualdo Ferreira acredita que o treinador ainda tem pouco tempo à frente do Santos para se adaptar e mostrar o que pode fazer. Além disso, teve um jogador expulso em cada um dos últimos quatro jogos.
Jesualdo Ferreira foi contratado pelo Santos no início do ano, para substituir o argentino Jorge Sampaoli. Desde então, já enfrentou outras turbulências.
No começo do Campeonato Paulista, o treinador também teve seu futuro discutido diante de más atuações. À época, porém, a diretoria decidiu esperar jogos seguintes, contra Palmeiras, Defensa y Justicia e Delfin, nos quais o time mostrou evolução.
Após a derrota para a Ponte, em entrevista coletiva, Jesualdo disse que não temia nada, nem mesmo uma eventual demissão:
– Que façam o que quiserem – afirmou.