A Polícia Federal (PF) pediu para ter acesso aos dados coletados na investigação feita pelo Facebook em contas ligadas a gabinete da família Bolsonaro. De acordo com a Folha de S. Paulo, o pedido foi feito através do inquérito que apura financiamento de atos antidemocráticos.
A PF solicitou urgência na liberação, para que os envolvidos não possam apagar os dados. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes é relator do inquérito e, por isso, quem decide se aceita ou não o pedido.
O Facebook excluiu em 8 de julho, 88 contas e páginas que seriam ligadas a funcionários do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, Flávio e Eduardo. Um assessor direto do presidente, Tercio Arnaud Tomaz (ex-assessor de Carlos Bolsonaro) foi apontado como 1 dos responsáveis pela administração de algumas dessas páginas.
A plataforma removeu 35 contas, 14 Páginas, 1 grupo no Facebook, e 38 contas no Instagram. US$ 1.500 teriam sido gastos em anúncios por essas páginas. Cerca de 883 mil pessoas seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook.
“A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de páginas fingindo ser veículos de notícias”, declarou o Facebook. A rede social informou que as contas agiam desde a campanha eleitoral de 2018 sem informar a verdadeira identidades dos administradores –o que viola a política interna da plataforma.