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PLANTÃO: Moro reconhece plágio em artigo assinado por ele e advogada



O ex-ministro, no entanto, responsabilizou sua orientanda, pelos trechos copiados e disse que a publicação seria retirada de revista para reavaliação


Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Publica e ex-juiz federal, admitiu ter trechos plagiados em um artigo assinado por ele em parceria com a advogada Beathrys Ricci Emerich, que foi sua orientanda.


Segundo o site Metrópoles, o advogado Marcelo Augusto Rodrigues de Lemos afirmou que Moro e a mestranda Beathrys Ricci Emerich copiaram, sem dar o devido crédito, um trecho de seu trabalho publicado em 1º de setembro de 2019. O artigo de Lemos, publicado no site de notícias jurídicas Conjur, aborda o "alvitamento do livre exercício da advocacia em tempos de crise".


O texto de Moro e Emerich, que tem trechos idênticos, trata de lavagem de dinheiro por meio de pagamentos a advogados e foi publicado na revista Relações Internacionais no Mundo Atual, da Unicuritiba.


A edição da revista na qual o artigo assinado por Moro e Emerich foi publicado data do período entre abril/junho de 2019. No entanto, os registros de bibliografia feitos pela advogada revelam que o texto saiu depois de abril de 2020. Ou seja, sete meses depois da publicação original.


Moro admitiu ao site Metropoles que havia trechos plagiados, mas disse que o erro foi da coautora do texto. O ex-ministro explicou que ele orientou a aluna e que é comum que a assinatura do orientador apareça como coautor. "A redação é basicamente do orientando", justificou.


O ex-juiz afirmou que consultou a orientanda, que admitiu a citação de dois trechos sem dar crédito ao trabalho de Lemos. Moro pediu desculpas e disse que o artigo seria retirado da revista para ser reavaliado.


Segundo a reportagem, Emerich não respondeu aos questionamentos e desativou suas contas nas redes sociais, nas quais tem foto ao lado de Sergio Moro.

O autor do texto, Marcelo Augusto Rodrigues de Lemos, afirmou ao Metrópoles, que é uma "honra" ser citado por Moro, mas esperava pelo menos ser "creditado". O advogado disse ainda esperar no mínimo "uma retratação dos autores, um reconhecimento".

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