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MANCHETE: Fabrício Queiroz é preso pela Polícia Civil



Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi encontrado em Atibaia, no interior de São Paulo, em um imóvel ligado ao advogado do parlamentar


O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo, em um imóvel ligado ao advogado do senador.


A ação é realizada pela Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro. Queiroz está sendo levado para a sede da Polícia Civil de São Paulo, no bairro da Luz.


Os mandados foram expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro em investigação que apura esquema de "rachadinha" no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.


Rachadinha é o nome dado a uma manobra em que o funcionário devolve parte do salário ao parlamentar. Segundo o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), servidores da Alerj devolveriam parte dos vencimentos a Flávio enquanto ele era deputado estadual do Rio de Janeiro.

O R7 tenta contato com a defesa de Flávio Bolsonaro, mas ainda não obteve resposta.


A Operação Anjo, deflagrada no início da manhã, cumpre ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito. As medidas incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas.


De acordo com o MPRJ, outros investigados são o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.


A Promotoria identificou que Queiroz recebeu R$ 2 milhões por meio de 483 depósitos de dinheiro em espécie feitos por 13 assessores ligados ao gabinete do filho do presidente da República.


A investigação começou depois do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificar movimentações bancárias atípicas no nome de Queiroz.



O Conselho identificou movimentação de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O documento também cita um repasse de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro — o presidente Jair Bolsonaro disse, na época, que se tratava do pagamento de uma dívida antiga do policial militar com ele.


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