Após implodir prédio mantido em parceria com a Coreia do Sul, regime de Pyongyang não aceita envio de diplomatas proposto por Seul e eleva tensão
Após implodir o prédio que abrigava o escritório que mantinha em conjunto com a Coreia do Sul para negociar relações bilaterais, a Coreia do Norte deu novas mostras de que abandonou a diplomacia em suas negociações com o país vizinho.
A agência de notícias norte-coreana KCNA divulgou, nesta terça-feira (16, horário de Brasília, manhã de quarta no horário local), que o governo do país recusou o envio de representantes diplomáticos proposto pela Coreia do Sul e pode enviar tropas para a região desmilitarizada na fronteira entre os dois países.
Com isso, os acordos de paz assinados pelas Coreias nos últimos anos e a negociação para o fim do programa nuclear norte-coreano parecem cada vez mais fadados ao fracasso.
Sem negociação
Antes da implosão do prédio, que ficava na cidade fronteiriça de Kaesong, o presidente sul-coreano tentou negociar o envio de dois importantes membros de sua diplomacia, o assessor de segurança nacional Chung Eui-yong e o chefe de inteligência Suh Hoon como emissários para a retomada das negociações.
O comunicado da KCNA diz que Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un e atualmente figura cada vez mais importante no regime, recusou a proposta. A agência diz que essa tática de Moon "cria frequentemente propostas sem fundamento, mas tem que entender que esse truque não vai mais funcionar conosco".
O regime de Pyongyang vem elevando o tom contra os sul-coreanos nas últimas semanas, desde que um grupo de dissidentes norte-coreanos soltou balões com panfletos contra o governo de Kim Jong-un em cidades na fronteira.