Crime aconteceu na noite de quinta-feira (12) e um dos suspeitos foi preso
A delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Tatiana Guzela, que investiga o caso do duplo homicídio no posto localizado no Centro de Curitiba, revelou que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 480 mil em pedras preciosas.
O acusado de ser o mandante do duplo homicídio foi preso horas depois do crime em São José dos Pinhais, na madrugada desta sexta-feira (12). As vítimas, o advogado Igor Martinho Kaluff, 40 anos, e Henrique Mendes Neto, 38, foram baleados e morreram na hora. O ourives, que cobrava a dívida junto com o advogado, estava na cena, mas não foi executado pelos assassinos. Igor havia pedido a quebra de sigilo do ex-juiz Sérgio Moro, em uma ação onde ele integra um grupo Advogados do Brasil, que tinha como base as reportagens do Intercept, que foi protocolado na PGR (Procuradoria-Geral da República).
A delegada Tathiana Guzella contou que havia uma reunião marcada entre a vítima e o possível mandante. “Ambos estavam esperando a chegada de duas pessoas, uma delas um ourives que teria uma dívida, um crédito, vamos dizer assim, perante o preso desta madrugada, e a segunda pessoa, que as vítimas esperavam, era a própria pessoa que foi presa na madrugada.
Ocorre que neste encontro agendado para as 16 horas, a pessoa que foi presa, que eu não posso dizer o nome, por conta da lei de abuso de autoridade, chegou com três homens armados, e por isso teria adentrado ao posto e, de forma não direta”, informou a delegada na manhã desta sexta-feira (12).
A delegada Tathiana Guzella contou que havia uma reunião marcada entre a vítima e o possível mandante. “Ambos estavam esperando a chegada de duas pessoas, uma delas um ourives que teria uma dívida, um crédito, vamos dizer assim, perante o preso desta madrugada, e a segunda pessoa, que as vítimas esperavam, era a própria pessoa que foi presa na madrugada.
Ocorre que neste encontro agendado para as 16 horas, a pessoa que foi presa, que eu não posso dizer o nome, por conta da lei de abuso de autoridade, chegou com três homens armados, e por isso teria adentrado ao posto e, de forma não direta”, informou a delegada na manhã desta sexta-feira (12).
Igor Martinho Malluf foi executado a tiros em posto de combustível de Curitiba.
Tathiana Guzella contou que cinco pessoas participaram da ação que acabou na morte das vítimas. “Nós temos uma cena criminosa onde as duas vítimas não estavam armadas, foram para uma reunião cobrar uma conta, os cinco homens que chegam, três de uma vez só, e mais dois que chegam no posto. Um deles sabia da cobrança e do esquema”, explica a delegada.
Ela conta que, de acordo com inquérito, havia uma dívida que originou a reunião que acabou no crime. “Nós temos uma dívida que o preso desta madrugada tem com o ourives, no valor de R$ 480 mil, e o ourives tem uma dívida, dessas mesmas pedras preciosas, ficou devendo para um fornecedor maior de São Paulo. Como ele tinha fornecido estas pedras preciosas para o mandante e ele não pagava havia meses, o ourives combinou com advogado, seu amigo, para fazer esta cobrança do valor das pedras”, informa Tatiana.
O caso
Dois homens em um posto de combustíveis, limite entre Batel e Centro de Curitiba, foram mortos a tiros por dois suspeitos armados. O caso aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (11). Câmeras de segurança no local registraram toda a ação dos atiradores. Nas imagens, é possível ver um dos suspeitos tirando uma arma da cintura e apontando contra um grupo de quatro pessoas sentadas ao redor de uma mesa do estabelecimento, entre elas o advogado Igor Martinho Kaluff.
Outro suspeito armado, com uma garrafa na mão, se aproxima e acompanha a discussão que se desenrola. Duas pessoas que estavam sentadas na mesa saem do posto durante a briga e na sequência um terceiro suspeito armado entra no local. Nesse momento dois atiradores entram em ação e as duas vítimas são mortas dentro da loja de conveniência.