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GIRO ESPORTIVO: Cássio diz que elenco aceitaria outra redução salarial no Corinthians




Junto do volante Gabriel, jogador se colocou à disposição da diretoria para negociar outro reajuste salarial em meio à pandemia de coronavírus


Não foram poucos os jogadores do Corinthians que se manifestaram publicamente sobre a redução salarial proposta pelo clube em meio à pandemia de coronavírus. Todos eles entenderam o momento financeiro do país e da instituição na primeira negociação e se mostraram abertos a novas conversas. Como disseram Cássio e Gabriel na último semana. A prioridade, como tem sido praxe, é preservar o emprego dos funcionários.


Na primeira negociação da diretoria com os líderes do elenco, ficou decidido que haveria uma redução de 25% dos salários em carteira dos jogadores e os valores de direitos de imagem não seriam alterados, isso para apenas um mês. Enquanto isso os funcionários do clube tiveram cortes entre 50% e 70%, acordo que já foi prorrogada por mais 60 dias, segundo permite a medida provisória decretada pelo governo para enfrentar a crise provocada pela pandemia.

- Acho que nós vivemos um momento bem difícil, não falo só o Corinthians, mas o mundo todo vive um momento difícil, de incertezas, então é uma coisa que as pessoas que dirigem o Corinthians, o Duílio, o presidente Andrés, o Vilson, o Edu, que são pessoas que estão sempre conversando com a gente, estão sempre falando. Então nada é resolvido por eles, e sim em conjunto, sempre conversam, a gente sempre teve voz para conversar e falar com eles, teve abertura. No meu ponto de vista, tudo o que é dialogado e conversado em conjunto sempre dá um bom resultado - afirmou Cássio à Corinthians TV.


Está prevista outra conversa entre diretoria e grupo para que se acerte uma nova redução salarial. O mais provável é que ela seja estendida por mais um mês no mesmo molde da anterior, ou seja, 25% de corte no salário em carteira e manutenção dos direitos de imagem. A esperança é que entrada do dinheiro adiantado da venda de Pedrinho evite a necessidade de um corte maior.


- Tudo o que possa ser conversado e ser ajustado, a gente está aberto e vamos conversar para ajudar, acho que a gente sabe o momento que está passando, que está acontecendo, mas é tudo com diálogo, não tem esse diz-que-me-disse, ou que o jogador se manifestou, acho que tudo o que o Corinthians tem conversado com a gente, a gente tem acatado, tem feito, então acho que tudo com conversa, trabalhando em conjunto, acho que sempre no final a gente sempre se acerta - reforçou o goleiro do Timão.


Um dos motivos pelos quais os atletas do elenco aceitaram a redução no primeiro momento foi a promessa de que não haveria demissões de funcionários. Recentemente, após uma reunião de diretoria, foi decidido que seria necessário dispensar jovens da base e colaboradores para enfrentar a crise. Até o momento, porém, isso não ocorreu, mas pode gerar algum atrito com o grupo corintiano, que permanece aberto ao diálogo.


- Estamos abertos a conversar, a ajudar os funcionários que nós temos no clube. Acredito que todos os clubes, se não estiverem fazendo isso, que façam, porque seria realmente um grande gesto, para um ajudar o outro, dar as mãos, momento de dificuldade do nosso país, para gente passar dessa situação, poder voltar o futebol, poder concentrar, viajar... Vai ser importante não só para o jogador, mas para a sociedade também - concluiu o camisa 5 alvinegro.


No ano passado o clube fechou seu balanço com um déficit de R$ 177 milhões, além de ver sua dívida acumulada aumentar para R$ 665 milhões, sem contar os débitos com a Arena. Já em 2020, o temor é que a situação se agrave com a pandemia de coronavírus, já que houve corte de receitas de TV, perda de um dos patrocinadores, sendo que outros suspenderam ou reduziram suas verbas.

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