Sem campeonatos, Corinthians demitirá na base e no futebol feminino. Andrés é firme. Não quer retorno do futebol e expor atletas ao coronavírus
Quis saber do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, se haverá competições para os jogadores de base em 2020. Também das mulheres.
Obteve a resposta que a prioridade está nos profissionais, e com inúmeros cuidados caros por conta da pandemia. Como exames, isolamento, desinfecção dos locais das partidar.
E que crianças e mulheres não seriam expostas.
Até porque não há a menor verba para tomar todos os cuidados que serão adotados com os profissionais.
Com essa resposta, Andrés foi direto.
Fez questão de reunir os diretores de futebol amador e feminino. Disse que não iria manter cerca de 60 funcionários, jogadores e jogadoras até o final do ano, sem perspectiva de competições.
A prioridade será manter a categoria sub-20, por ser a provedora do elenco profissional.
A sub-23 tem tudo para ser extinta, a ideia de montar um grupo de jogadores mais vividos, quase como era a divisão de aspirantes no passado, se mostra um desperdício de dinheiro.
Andrés analisa até terminar com outras categorias esportivas.
Como o time de basquete principal, que foi 'interrompido'. Dispensado. Só volta quando acabar a pandemia.
Os jogadores já tiveram 25% dos seus salários, registrados nas carteiras profissionais, cortados.
E para os funcionários, o corte foi mais profundo: entre 50% e 70%.
Dos 11 patrocinadores, quatro deixaram de pagar o clube. E outros devem seguir na mesma direção.
O clube está travado financeiramente não só pela pandemia. Mas pelas dívidas por seu estádio. Os R$ 120 milhões pela venda de Pedrinho, que o clube conseguiu antecipar o pagamento integral do Benfica, amenizarão a atual situação.
Amenizarão apenas.
Os atletas do time principal têm contratos com multas rescisórias.
Demitir profissionais seria se endividar ainda mais.
Os amadores, não têm multas.