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EXTRA: Desemprego cresce e atinge 12,8 milhões de pessoas, afirma IBGE



Número de trabalhadores com carteira assinada, sem contar domésticos, recuou para 32,2 milhões de pessoas, o menor nível da série histórica



O desemprego aumentou no Brasil e atingiu 12,8 milhões no trimestre encerrado em abril deste ano, de acordo com a PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 898 mil pessoas à procura de emprego em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando 11,9 milhões de brasileiros estavam sem trabalho.


Outro dado que chamou a atenção, conforme os dados do IBGE, foi a quantidade de brasileiros com carteira assinada, que recuou ao menor nível da série histórica. Agora, 32,2 milhões de pessoas possuem emprego formal no Brasil.


O mercado de trabalho já sente os impactos da pandemia de coronavírus, que levou ao isolamento social como tentantiva de conter a disseminação do vírus. Segundo o IBGE, a população ocupada teve queda recorde de 5,2%, em relação ao trimestre encerrado em janeiro, representando uma perda de 4,9 milhões de postos de trabalho, que foram reduzidos a 89,2 milhões.


A maior parte dos 4,9 milhões que saíram da população ocupada, vieram do comércio. Do total, 1,2 milhão vieram do comércio, 885 mil saíram da construção e 727 mil, dos serviços domésticos.


De acordo com Adriana, os dados podem estar relacioandos às medidas de isolamento social. “Várias famílias podem ter dispensados os seus trabalhadores domésticos em função dessa questão do isolamento. É uma queda bastante acentuada”, analisa.


Por outro lado, o rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.425 no trimestre encerrado em abril, sendo o maior da série histórica.


“Esse aumento pode estar associado ao fato de que os trabalhadores informais, que ganham menos, foram o grupo que mais saiu da ocupação. Os que ficaram foram trabalhadores que relativamente têm salários maiores. Agora temos uma situação de menos trabalhadores informais e o rendimento médio acaba sendo calculado em cima de quem permaneceu no mercado de trabalho”, diz Adriana.

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