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TURBULÊNCIA: STJ manda investigar se operação que envolve Witzel teve vazamento




Juiz que autorizou operação no Rio quer saber se houve informação privilegiada após deputada afirmar que governadores estavam na mira da PF

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), solicitou ao MPF (Ministério Público Federal), na manhã desta quarta-feira (27), a apuração sobre um possível vazamento de diligências de busca e apreensão realizadas na terça-feira (26) no Rio de Janeiro, dentro da Operação Placebo. A ação da Polícia Federal teve como um dos investigados o governador do Estado, Wilson Witzel.


Segundo o ministro, caso seja confirmado o vazamento, será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita como forma de não prejudicar a integridade das instituições.


A Operação Placebo apura desvios de recursos para atender emergência da covid-19 no Estado. Os policiais fizeram apreensão de celular e computador de Witzel durante buscas em endereços ligados ao governo do estado do Rio, como o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Witzel, o Palácio da Guanabara, sede do Executivo, e na casa em que o mandatário do Rio morava antes de assumir o governo.


A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) disse, em entrevista à Rádio Gaúcha na segunda-feira (25), que a PF estava na iminência de deflagrar operações para investigar irregularidades cometidas por governadores na pandemia.


"A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de Covidão ou de não sei qual vai ser o nome que eles vão dar mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal", disse a parlamentar.


Na terça-feira, Zambelli negou ter tido acesso a qualquer informação privilegiada e afirmou que a investigação sobre o gasto dos governadores é de conhecimento público.


Já Witzel destacou o suposto conhecimento prévio da deputada em sua nota. Ele classificou a operação como um ato de perseguição política do presidente Jair Bolsonaro por meio da Polícia Federal.

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