Autoridades também cumprem mandado de busca e apreensão em escritório do empresário Luciano Hang, em Santa Catarina
O ex-deputado Roberto Jefferson é um dos alvos da operação da PF (Polícia Federal) desta quarta-feira (27) no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga fake news. Além de Jefferson, outros alvos são dono da Havan, Luciano Hang, o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, a ativista Sara Winter, o blogueiro Allan dos Santos e o humorista Rey Biannchi.
As autoridades cumprem 29 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
O inquérito do STF investiga notícias falsas que ameaçam a integridade dos ministros da Suprema Corte e de seus familiares.
Além de Jefferson, outros alvos da operação são dono da Havan, Luciano Hang, o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, a ativista Sara Winter, o blogueiro Allan dos Santos e o humorista Rey Biannchi.
Outro lado
Hang afirmou que não teme as consequências da operação da PF. “Acho que [os ministros do STF] estão no direito deles, de irem atrás se tem a veracidade ou não, se alguém fez alguma coisa ou não contra os membros ou contra a alta Corte. Mas muita transparência. Meu celular e meu computador vão provar que jamais que fiz algo contra os seus membros e a Corte. É por isso que eu uso tanto as redes sociais, temos milhões de pessoas nos seguindo, para termos uma voz para todos os brasileiros", afirmou Hang.
Garcia disse à reportagem que os agentes da PF estiveram em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo e apreenderam computadores. O deputado disse que as buscas são ‘lamentáveis’.
Garcia postou um vídeo no Twitter nesta quarta criticando a operação da PF. Segundo Garcia, a investigação "apequena a Polícia Federal" e os ministros do STF estão "perseguindo" os alvos da operação.
"Vocês querem calar a voz dos conservadores através das redes sociais através dessa perseguição danada que vocês estão fazendo", afirmou Garcia.
Sara Winter afirmou que a PF levou seu notebook e celular e chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo, de "covarde"
Em vídeo gravado por Biannchi, ele mostra que os agentes federais estiveram na casa dele às 6h18, mostra o mandado judicial e a mulher dele chorando.
"Eu vou processar o STF. O inquérito para mim, humorista?[...] Vou mandar esse vídeo para todo mundo. A Bia Kicis, deputada federal, lá em Brasília, vou mandar para Carlos Bolsonaro. Eu não tenho medo de nada, não. Eu pago meus impostos", afirmou. "Eu não devo nada a ninguém", disse.