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ÚLTIMA HORA: Ministro da Infraestrutura defende 'trégua' e 'paz' para retomada



Segundo Tarcísio, o governo precisa agir rápido...



O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, defendeu nesta terça-feira, 5, "uma trégua" e "paz política" para que o governo possa dar passos firmes na direção da superação da crise. Ele fez os comentários quando falava sobre o Plano Pró-Brasil de retomada da economia após a pandemia do novo coronavírus, durante debate promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).


Segundo Tarcísio, o governo precisa agir rápido para, assim que o pico da doença passar ao redor do mundo, ser capaz de atrair os recursos represados de investidores para leilões de concessões e privatizações. Sem essa agilidade, a liquidez poderá migrar para outros destinos, sem beneficiar concessões e outros investimentos em infraestrutura.


Para isso, o ministro destacou a necessidade de tocar o eixo "ordem" do Plano Pró-Brasil, que inclui propostas legislativas para aprimorar marcos regulatórios de setores e melhorar o ambiente de negócios.


"Acredito muito no Plano Pró-Brasil, que ele funcione como um pacto pela infraestrutura. Esse plano pode ser o plano que vai nos unir, que vai unir o Congresso, vai unir o Tribunal (TCU), vai unir o Judiciário, vai unir o Executivo. Precisamos de uma trégua, precisamos de paz para trabalhar, de paz política para que a gente possa dar passos firmes na direção da superação da crise e na direção da geração de emprego", disse Tarcísio.


No último domingo, 3, o presidente Jair Bolsonaro participou novamente de atos contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). No ato, profissionais da imprensa foram agredidos por manifestantes apoiadores do presidente. A manifestação acirrou ainda mais o clima político entre governo e Congresso.


Ao falar da união entre os Poderes em prol da retomada, Tarcísio destacou que ela será essencial para dar tração à recuperação econômica do Brasil. Ele disse ainda ter "certeza" de que haverá engajamento do Congresso na aprovação das medidas necessárias. "Vamos precisar de muita velocidade, porque se faltar velocidade para nós, vamos perder a guerra global. O dinheiro que está hoje empoçado, que está nesses fundos de investimento, pensão, soberanos, vai para outros destinos. A liquidez vai para outro lugar que não os nossos projetos. Se a gente for rápido, vamos conseguir trazer mais rapidamente esse dinheiro para cá, e é esse nosso objetivo, é isso que nós temos que fazer", afirmou o ministro.

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