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TURBULÊNCIA: Shoppings estimam perda de R$ 15 bilhões por mês com coronavírus



Setor deve levar ao governo até quarta, dia 25, um conjunto de propostas para aliviar o impacto da codiv-19





Com quase a totalidade dos shopping centers fechados no país devido ao avanço do coronavírus, o setor prevê perdas da ordem de 15 bilhões de reais por mês.


Em São Paulo, os centros comerciais encerraram as atividades nesta segunda-feira, dia 23, e deverão permanecer lacrados até o dia 30 de abril. Shoppings de outros estados estão lidando com um cenário parecido.


Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), dos 577 centros comerciais filiados à entidade, 95% já estão fechados.


A expectativa é que nos próximos dias todos suspendam suas atividades, em função de decisões estaduais e de prefeituras para proteger a população em relação à propagação do vírus, que já atingiu todos os Estados.


“O setor responde por 3% do PIB e emprega 3 milhões de pessoas”, diz Glauco Humai, presidente da Abrasce. “Concordamos com as medidas adotadas para tentar manter a curva de aumento de doença mais baixa, mas provavelmente o impacto será significativo para todo o varejo”.


A Abrasce antecipou à EXAME que deverá enviar um pedido de socorro ao governo até esta quarta-feira, dia 25. O conjunto de medidas que será apresentado foi elaborado junto a outras entidades do setor varejista, como a Associação Brasileira de Lojistas Satélites (Ablos), que representa marcas como a Casa do Pão de Queijo, Khelf e Barred´s.


Faz parte das demandas a prorrogação do pagamento de impostos como o PIS e Cofins. Também devem ser apresentar estratégias para minimizar o impacto do fechamento dos shoppings em relação à manutenção dos empregos. Na esfera municipal e estadual, o setor deverá tentar adiar o pagamento de impostos como o IPTU e ICMS.


No ano passado, o faturamento dos shopping centers chegou a quase 193 bilhões de reais, 7% a mais do que em 2018. Para este ano, a expectativa era repetir o bom resultado de 2019. Mas isso não vai acontecer.


“A perda na receita vai depender de quanto tempo precisaremos permanecer de portas fechadas e o que o governo fará a respeito”, afirma Humai. “Estamos acompanhando a situação dia a dia”.

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