O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (20), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste na ação que investiga o pagamento de vantagens indevidas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) para ajudar a Odebrecht em seus interesses nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República decidir sobre o oferecimento de denúncia neste caso.
Na quarta-feira (18), a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito contra o deputado federal Aécio Neves e apontou ter rastreado o pagamento de R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e da Andrade Gutierrez ao tucano em troca de ajuda nas obras das hidrelétricas do Rio Madeira.
A investigação usou também a delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral. Em depoimento à PF, Cabral afirmou que o próprio Aécio lhe disse que Dimas Toledo era seu operador financeiro e pessoa de sua confiança.
Sobre a delação de Cabral, a defesa de Aécio apresentou ao ministro um pedido para ter acesso à cópia integral do acordo de colaboração premiada de Cabral.