A verdade é que, além desse absurdo, centenas e centenas de processos que estão praticamente concluídos, dormem em gavetas de burocratas, sem que andem
Há um grande mistério, daqueles de novelas com 258 capítulos, envolvendo a Transposição dos servidores rondonienses, mas só que, nesse caso, os eventos misteriosos são, infelizmente, da vida real. Além da absurda morosidade com que o assunto tem sido tratado no governo Bolsonaro, ao ponto de, no ano passado, apenas 150 processos terem sido concluídos, o sumiço de cerca de 1.400 calhamaços de documentos, autorizando a passagem para a folha da União deste número de servidores com direito à transposição simplesmente sumiram.
Escafederam-se. Tomaram Doril. Ou seja, quase 1.400 funcionários do ex Território, cujo direitos foram reconhecidos e seus processos concluídos, não receberam um só tostão até agora, porque por algum desses mistérios que envolvem o serviço público brasileiro, ninguém sabe e ninguém viu, dentro do Ministério da Economia, onde eles foram parar. O dr Luciano Alves, maior especialista rondoniense no assunto, comentou que até uma auditoria interna na Comissão, que trata do assunto, foi instalada, para tentar descobrir o que realmente aconteceu. A verdade é que, além desse absurdo, centenas e centenas de processos que estão praticamente concluídos, dormem em gavetas de burocratas, sem que andem.
E fora os 1.400, já concluídos e autorizados, que ninguém sabe onde estão. Com algum otimismo, há quem considere que, a partir deste mês, as coisas vão andar menos vagarosamente. Mas é só esperança. Não se sabe ainda quantos candidatos a transposição estarão vivos, quando ela, finalmente, for concluída.
Um absurdo!