top of page

EXCLUSIVO: Miliciano ligado a Flávio Bolsonaro lavava dinheiro da milícia em fazendas, aponta invest




Mesmo com a morte do ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães da Nóbrega, na manhã deste domingo numa operação na Bahia, onde ele estava escondido, as investigações continuam, principalmente em seus negócios ilícitos. A polícia do Rio acredita que as fazendas de gado — ele teria terras na Bahia e em Sergipe em nome de laranjas — eram uma forma usada para lavar o dinheiro do crime. Ele também seria competidor em vaquejadas em Sergipe, com o nome de equipe Dakar.


Há cerca de um ano, Adriano vinha sendo monitorado. No início deste mês, houve uma operação na Costa do Sauípe, Bahia, para prendê-lo, mas ele escapou, deixando para trás uma identidade falsa. Ontem, o ex-policial foi localizado no município de Esplanada, na área rural da Bahia, no sítio de um político. Na casa, havia duas pistolas e duas espingardas. Ao ser surpreendido, atirou com uma Glock calibre 9mm. Agentes contam que houve troca de tiros e que o ex-militar chegou a ser socorrido, mas não resistiu.


A Secretaria de Segurança da Bahia informou que, na ação, Adriano “resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido”. Ele foi atingido por dois tiros. Antes do confronto, os agentes baianos prenderam homens que davam segurança ao miliciano. O material apreendido deverá ser analisado pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP do Rio. O corpo de Adriano deve chegar ao Rio nos próximos dias.


Deflagrada em 22 de janeiro de 2019, com base em investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do MP, a operação Os Intocáveis revelou que o ex-capitão comandava um esquema de agiotagem, grilagem de terras e construções ilegais, com o pagamento de propina a agentes públicos, a fim de manter seus negócios ilícitos, “sempre de forma violenta e por meio de ameaças”. Adriano era o único foragido. Outros 12 integrantes da milícia de Rio das Pedras estão presos.

bottom of page