O período de chuvas pelo qual passa o país neste início do ano está favorecendo a evolução das principais culturas agrícolas de verão. Nas regiões de maior concentração de cultivo, como o Centro-Oeste, Sudeste, parte do Sul e do Matopiba, o regime pluvial proporcionou bom desenvolvimento das lavouras.
As áreas que ainda apresentam anomalias negativas devido à falta de chuvas são os estados do Rio Grande do Sul, Piauí e Bahia, segundo análise divulgada pelo boletim de monitoramento agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento.
Centro-Oeste
No Centro-Oeste, o norte mato-grossense começa a decair o Índice de Vegetação (IV) por conta do início da colheita, com índices abaixo da média histórica, mas com 2% acima da safra passada. Já no sul de Goiás, as lavouras continuam sendo beneficiadas pelas condições climáticas favoráveis, assim como no sudoeste de Mato Grosso do Sul que conta também com a umidade no solo para promover uma boa recuperação e desenvolvimento das lavouras e, por consequência, a alta no índice de vegetação.
Sudeste
Já no Sudeste, o estado de Minas Gerais apresenta-se com bom desenvolvimento das lavouras e predominância de áreas com anomalias positivas do índice de vegetação, tanto em áreas do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba quanto do noroeste do estado.
Sul
Pelos estados do Sul, destaque para o Paraná que apresenta bom desenvolvimento nas principais regiões produtivas, enquanto que em Santa Catarina as lavouras evoluem de forma similar à da safra passada. No caso do Rio Grande do Sul, que sofre os efeitos de irregularidade das chuvas da primeira quinzena deste mês, a evolução das lavouras vem sendo prejudicada sobretudo no noroeste do estado.
Matopiba
Os maiores volumes acumulados na primeira quinzena de janeiro ocorreram no Pará e no Maranhão. Nas demais regiões do Matopiba, as precipitações foram menos volumosas. Mas, no geral, elas foram suficientes para a manutenção/recuperação da umidade do solo e o desenvolvimento dos cultivos de verão.
No entanto, o mapa da média diária do armazenamento hídrico no solo ao longo de toda a primeira quinzena do mês de janeiro indica regiões com possíveis restrições por falta de chuvas, principalmente no Piauí e na Bahia. Nos mapas de armazenamento hídrico no solo a cada período de cinco dias é possível observar baixos índices de umidade, mas no Piauí e na Bahia, o impacto foi menor. O período com baixa umidade no solo prevaleceu apenas nos primeiros cinco dias do mês, e as culturas encontravam-se em implantação e início do desenvolvimento, com possibilidade de replantio ou recuperação.
No sudoeste piauiense, no extremo oeste baiano e em parte do sul maranhense ocorreram precipitações irregulares na primeira quinzena de janeiro. No sul do Maranhão e na região Oriental do Tocantins, a média ponderada do índice da safra atual está acima da média histórica e da safra passada. No sudoeste piauiense e no extremo oeste baiano, a média ponderada alcançou a média histórica, mas permanece abaixo do índice da safra passada, principalmente pela irregularidade pluviométrica e o atraso no plantio.