Ideia é construir projeto na Câmara, Bolsonaro proibiu opinião da equipe
O Planalto quer regulamentar os benefícios à energia solar por meio de 1 projeto de lei. O texto será elaborado na Câmara. É uma das prioridades do Executivo. Há vários projetos sobre o tema. A ideia é fazer 1 novo.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) colocou em consulta pública as regras do setor. Foram feitas contribuições até 31 de dezembro de 2019. A decisão sairia até abril. Com a ideia de fazer 1 projeto de lei, a discussão fica sobrestada.
Hoje quem tem painéis fotovoltaicos produz energia, usa o que precisa e vende o restante jogando esse excedente na rede. É a chamada “geração distribuída”. O problema é que essas pessoas ficam livres dos encargos que encarecem a conta de energia. O subsídio anual aos produtores é de R$ 900 milhões,
segundo estudo do Ministério da Economia.
AGRONEGÓCIO IMPULSIONA
Os produtores rurais têm sido responsáveis pelo grande salto na geração distribuída. Convenceram Bolsonaro a segurar a proposta de mudança das regras da Aneel, que iria na linha de redução de subsídio. Bolsonaro proibiu todos no governo de falarem no assunto.
Nos últimos 3 anos, a geração solar quase dobrou em relação ao período anterior. Em 2020 atingirá 8.506,2 MW pela projeção da Absolar, associação do setor. Vêm da China 99% dos equipamentos. Os pequenos produtores ultrapassarão as usinas.
O tema é objeto de controvérsias. Enquanto as distribuidoras chamam atenção para as distorções causadas pelos subsídios, os defensores da energia solar destacam o dinamismo do setor. A Absolar estima que serão investidos R$ 19,7 bilhões neste ano e que serão criados 120 mil empregos.