As exportações de café solúvel do Brasil atingiram uma máxima histórica de 4 milhões de sacas de 60 kg em 2019, avanço de 7% em relação ao ano anterior, disse nesta sexta-feira a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), que ainda projetou novo recorde em 2020.
Segundo relatório da entidade, 106 países importaram o produto brasileiro no ano passado, gerando um faturamento de 581,7 milhões de dólares —recuo de 3% na comparação com 2018, devido aos preços internacionais mais baixos do café em 2019.
O principal destino dos embarques de café solúvel do Brasil, maior exportador global do produto, foram os Estados Unidos, com 15,3 milhões de toneladas— avanço de 3,1% na comparação anual.
Os maiores incrementos percentuais foram registrados nos embarques para México (+315,1%, a 1,22 milhão de toneladas), Turquia (104,6%, para 1,1 milhão de toneladas) e Cingapura (+100,1%, a 1,52 milhão de toneladas).
“O país reconquistou mercados perdidos no segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017, quando, em razão de problemas climáticos que afetaram as safras do Espírito Santo, ocorreram problemas de abastecimento de café conilon”, disse a Abics no relatório.
Por outro lado, houve “perdas em importantes e tradicionais países compradores”, ressaltou a Abics — sete dos 20 principais mercados do produto reduziram o ritmo de aquisições, entre os quais Rússia (-12,1%), Japão (-8,8%) e Canadá (-15,5%).
Para 2020, a associação disse que a expectativa é de exportações ainda maiores, com novo recorde, em meio à “normalização” da safra de conilon.
“Com regularização da oferta aliada à tendência de câmbio favorável... a expectativa das indústrias de café solúvel é de manutenção da competitividade e intensificação dos negócios, mantendo a continuidade da projeção de crescimento de 5% em volume, o que significará novo recorde de exportações”, afirmou a entidade.