Antônio Francisco dos Santos, preso preventivamente, em tese, pela prática dos crimes de extorsão, ameaças e lavagens de dinheiro na Operação Deforest, que prendeu ainda Chaules Pozzebon em dezembro do ano passado em Ariquemes (RO), tentou conseguir a revogação de sua prisão preventiva alegando “não estarem presentes os requisitos necessários à manutenção da prisão”.
O juiz José de Oliveira Barros Filho, de Ariquemes, indeferiu o pedido e afirmou “Em que pesem as lançadas razões da requerente, com a devida vênia, não há como acolher, ao menos por ora, a pretensão manejada de revogação da prisão preventiva, pois ao contrário do sustentado, subsiste, ainda, a necessidade de acautelamento provisório, por seus próprios fundamentos, elencados na decisão que decretou as prisões preventivas, bem como da decisão em audiência de custódia, eis que não sobrevieram motivos que justificassem a cessação da referida cautelar. Desse modo, por haver indícios de autoria e materialidade, mantenho a segregação.Insta salientar, que as condições pessoais favoráveis, por si só, não são suficientes para garantir sua liberdade”.
Operação Deforest
Os mandados de prisão foram expedidos para Ariquemes (RO), Cujubim (RO), Monte Negro (RO), Porto Velho (RO), Manicoré (AM) e Araçatuba (SP).
A ação da PF é resultado de um inquérito iniciado em junho de 2019 pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO), que descobriu a prática dos crimes de homicídio, extorsão, lavagem de dinheiro e ameaça.
O procedimento do MP apurou que a organização criminosa tinha uma estrutura armada para resguardar os interesses fundiários do líder do grupo se valendo do poder econômico e dos cargos ocupados nas forças de segurança para intimidar moradores da região.