Fenômeno natural pode gerar ventanias de até 100km por hora. Minas Gerais e Espírito Santo têm risco de tempestades e deslizamentos de terra
A Marinha do Brasil emitiu uma alerta para a formação de um ciclone subtropical, nesta quinta-feira (23/01/2020). O fenômeno natural tem origem em alto mar e pode gerar ventanias de até 100 quilômetros por hora.
Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), o fenômeno climático deve afetar o litoral do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e chegar até o litoral sul do país. Ondas podem chegar a cinco metros de altura.
O ciclone foi batizado de tempestade subtropical “Kurumim”, que em Tupi-Guarani significa “menino”.
A Marinha alerta os pescadores que usam embarcações de pequeno e médio porte para que não se arrisquem no mar. A orientação é que se evite pescar ou realizar qualquer prática em alto mar durante o período de formação e passagem do ciclone.
O Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos (Alert-As), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), também emitiu um alerta de tempestade para esta quinta-feira. O alerta laranja é válido até às 23h e prevê chuvas intensas que alcançam 100 milímetros por dia.
Decreto de emergência A preocupação é com estados como Minas Gerais e Espírito Santo (foto em destaque) que, desde a última semana, são duramente afetados por fortes chuvas. As cidades do sul capixaba têm mais de 2,2 mil desabrigados. Sete pessoas morreram.
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil decretou situação de emergência em Belo Horizonte, em decorrência de tempestades. O município de Contagem, na região metropolitana da capital mineira, também recebeu alerta em decorrência das inundações. Todo o estado tem alerta para alagamentos e deslizamentos.
O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira. O documento é assinado pela secretária nacional de Proteção e Defesa Civil, Karine da Silva Lopes.
Nesta quarta-feira (22/01/2020), o governo federal decretou situação de calamidade pública em quatro municípios do sul do Espírito Santo. Os problemas relacionados às fortes chuvas levaram o Ministério do Desenvolvimento Regional a tomar a atitude.