No país, o presidente tem uma função mais protocolar; quem de fato gerencia o país é o primeiro-ministro.
O Parlamento da Grécia elegeu, nesta quarta-feira (22), Ekaterini Sakellaropoulou, uma magistrada de 63 anos especialista em direito ambiental, para se tornar a primeira mulher a presidir a República grega.
Sakellaropoulou, atual presidente do Conselho de Estado, recebeu 261 votos a favor de um total de 300 deputados. Em uma demonstração incomum de harmonia, o nome da juíza, que é do partido conservador, foi apoiado também pela esquerda, inclusive pelo Syriza, agremiação que estava no poder até julho do ano passado.
Ela vai assumir o seu gabinete no dia 13 de março.
Sakellaropoulou é filha de um ministro da Suprema Corte do país, e ela fez pós-graduação em Sorbonne, em Paris. Ela é da cidade de Tessalônica, e foi a primeira mulher a exercer o cargo de conselheiro de estado, em 2018.
Ela é divorciada, vive em Atenas e é ativa nas redes sociais. Escreveu diversos estudos sobre proteção ambiental e é presidente de conselho de uma entidade de discussão sobre lei ambiental. Ela também é fã de gatos, de acordo com a agência Reuters.
Na Grécia, o posto de presidente é mais protocolar –ela representa o país em eventos e cerimônias oficiais. Quem de fato gerencia o governo é o primeiro-ministro, cargo de Kyriakos Mitsotakis, que foi escolhido pelos eleitores gregos em julho de 2019.